Renato Kramer

A hipocondria atrapalha um pouco a minha felicidade, confessa Jô Soares

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"Eu me considero uma pessoa feliz", disse o apresentador Jô Soares ao seu convidado, o jornalista Edney Silvestre. "Talvez a hipocondria me atrapalhe um pouco", concluiu Jô. "Você é hipocondríaco?", perguntou Edney. "Só de doenças exóticas", ironizou o apresentador.

Edney Silvestre foi um dos entrevistados do 'Programa do Jô' desta segunda-feira. E foi justamente para falar do lançamento do seu mais recente romance "A Felicidade É Fácil" (Record), baseado em fatos reais. "É um policial?" Perguntou Jô. "É um policial... é também a procura de Deus", respondeu evasivo o jornalista.

O apresentador ainda indagou sobre a preferência do jornalista em relação ao "livro de mistério" (estilo Agatha Cristhie) e o "livro de suspense" (thriller). "A Agatha eu acho meio chatinha", confessou o repórter que por muito tempo foi correspondente da Rede Globo em Nova Iorque.

Crédito: LeticiaMoreira/Folhapress O humorista e apresentador Jô Soares disse que a hipocondria atrapalha sua felicidade
O humorista e apresentador Jô Soares disse que a hipocondria atrapalha sua felicidade

Quanto ao início da carreira como repórter, a sua melhor amiga não botou muita fé. Na primeira aparição que fez na TV, a amiga, que assistia junto com o marido, virou para o lado e profetizou: "isso aí não vai dar certo, não!". Mas deu. Não foi o seu caso, mas logo Edney retomou o tema do seu romance e teceu um comentário: "A felicidade não é fácil no exílio".

"Tem gente que confunde alegria com felicidade, não?", perguntou quase que afirmando Jô Soares. "Judy Garland foi uma mulher feliz?", perguntou na seqüência o próprio jornalista, aproveitando o gancho da outra entrevistada do programa. "Não, ela não me parecia uma mulher feliz, não", afirmou o apresentador. "A filha (Liza Minelli) também não me parece feliz".

A atriz Claudia Netto, muito elogiada pela exigente crítica de teatro Barbara Heliodora (O Globo), está vivendo a grande cantora na peça "Judy Garland - O Fim do Arco-Íris" (Peter Quilter), com direção musical de Cláudio Botelho e direção geral de Charles Möeller.

Claudia, caracterizada, abriu o programa cantando "Just in Time"(B. Comden, J. Styne e A. Green) e encerrou o "Programa do Jô" desta segunda-feira com o maior sucesso de Judy Garland, o clássico "Over the Rainbow" (E. Y. Harburg e H. Arlen), do filme "O Mágico de Oz" (1939). Figurino, maquiagem, gestual e interpretação na medida exata.

A peça conta os últimos seis meses de vida da atriz e excelente cantora Judy Garland, que se sentia o "patinho feio" de Hollywood desde o início da sua carreira, quando competia com as mais belas estrelas do cinema do momento: Ava Gardner, Lana Turner e Elizabeth Taylor. Morreu logo após completar 47 anos, com uma overdose acidental de barbitúricos - segundo o atestado de óbito oficial.

O terceiro e último entrevistado da noite foi o fotógrafo Johnny Duarte, especialista em fotografar animais. Johnny foi vencedor de um "Leão de Bronze" em Cannes, em 2005. Recentemente fez uma série de fotos de tigres, em Maringá. Mas confessa que a demanda maior são sempre os cães. Cria 'pit bulls' e é apaixonado pela raça.

Se já correu perigo? Uma vez, ao fotografar um leão, colocou a mão com a câmera por uma fresta da jaula, enquanto um colega chamava a atenção do bicho. De repente, o leão resolveu não dar mais atenção às façanhas do seu camarada e olhou sério em direção a sua mão.

Felizmente o "rei das selvas" voltou-se novamente para o outro lado e deu para Johnny tirar a mão de lá rapidinho. "Mas acho que eu não ia soltar a máquina, mesmo se ele viesse", declarou Duarte com um risinho de quem sabia do risco, mas que já tinha passado. "Era a minha primeira câmera digital, e tinha custado caro!", explicou o fotógrafo. "Sim, mas mantendo a mão, ficava mais fácil até de comprar outra", completou o hipocondríaco Jô Soares.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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