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Renato Kramer

Danilo Gentili recebe a "Beyoncé do Pará" e Marcelo Tas faz revelações no "Programa do Jô"

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Ontem o programa "Agora é Tarde"(Band), de Danilo Gentili, comemorou as primeiras cinquenta apresentações. Fosse no SBT, cuja grade muda mais do que adolescente troca de tênis, seria realmente um marco. Enfim, para comemorar à altura, foi convidada a Rainha da Tecno-Brega", Gaby Amarantos --também chamada de "Beyoncé do Pará".

Com suas curvas voluptuosas num shortinho mínimo, imensas botas "à la chacrete" e fartos cabelos com muitas luzes, Gaby Amarantos esbanjou simpatia e desenvoltura em sua entrevista a Danilo Gentili. Explicou que "tecno-brega" é um estilo que surgiu dos cantores injustamente, segundo ela, considerados 'bregas'. Alguns que beberam nos resquícios do romantismo dos anos sessenta, já no final da Jovem Guarda. Depois foi se aprimorando. Deu no que deu.

Odair José e Reginaldo Rossi foram dois "bregas" citados pela cantora dos mais conhecidos. "Quer dizer que 'tecno-brega' seria um Reginaldo Rossi turbinado?", perguntou Gentili. "Pode ser", respondeu divertindo-se Gaby. Para encerrar a sua participação no "Agora é Tarde", a "Beyoncé do Pará" deu uma palinha, cantando o seu mega sucesso "Xirlei", cuja letra, toda trabalhada na sensualidade, diz: "café coado na calcinha só pra lhe enfeitiçar".

Da Band para a Globo, Marcelo Tas já estava acomodado ao lado de Jô Soares, contando sobre o seu nome verdadeiro. Marcelo, por causa de uma grande paixão que a sua mãe nutria pelo então astro do cinema italiano Marcello Mastroianni. Tristão Athayde de Souza, cujas iniciais formaram o nome artístico TAS.

Tas estava contando também que, para fugir de Ituverava, inventou de fazer um curso de piloto em Barbacena (MG). Deu certo. Viajou então o Brasil inteiro, pois tinha passe livre nos aviões da FAB por ser quase oficial da aeronáutica. Lá, seu "nome de guerra" era Athayde, o 144.

O apresentador do CQC contou ainda que até hoje as pessoas o reconhecem pelo seu "Professor Tibúrcio", personagem que fez durante anos no seriado "Castelo Rá-Tim-Bum" (TV Cultura). Tas atribui ao fato dos seus pais serem ambos professores, o seu grande envolvimento com a educação. Durante dez anos foi diretor de criação do Telecurso (Rede Globo).

Mas declaração um tanto mais surpreendente, Marcelo fez ao detalhar características e façanhas de um outro personagem seu, tão marcante quanto o Professor Tibúrcio: o repórter Ernesto Varela. Era, a grosso modo, um repórter um tanto irônico, muito inteligente, envolvido com a vida política do país, estilo que alguns dos seus repórteres fazem no atual 'CQC'.

Em uma certa ocasião, ao encontrar o então casal Eduardo e Marta Suplicy (sexóloga do programa TV Mulher da Rede Globo naquele momento) - Ernesto Varela perguntou ao atual senador: "Qual é o prazer da política?" Marta apressou-se em responder antes do então marido, que sempre foi menos afoito: "Nenhum, eu não entendo como as pessoas podem ter prazer nisso!". Um clássico de Chico Buarque caberia perfeitamente nesse momento: "quem te viu, quem te vê - quem não a conhece não pode mais ver pra crer, quem jamais esquece não pode reconhecer".
"É rindo que se aprende" é o título do livro que o apresentador e o seu grande amigo, o jornalista Gilberto Dimenstein, lançaram recentemente. O livro conta muito da trajetória de Marcelo Tas pelos meandros da Educação.

Noite profícua. Da "Beyoncé do Pará", que 'coa café na calcinha só pra lhe enfeitiçar', passando pela ojeriza confessa da então sexóloga Marta Suplicy pela política! Só ficando com a máxima do grande estadista Ulysses Guimarães, que não escondia o seu prazer pela política, pelo contrário: "A política é um orgasmo", teria ele confidenciado ao repórter Ernesto Varela.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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