Tamires parece ser a carta-surpresa do 'BBB15'
O "BBB" é um jogo de justificativas pessoais. O que é justificável para um pode não ser para outro, mas o público quer um denominador comum.
O único denominador comum dos participantes do "BBB" é o narcisismo, não necessariamente algo pejorativo. Na dose certa sustenta a autoestima. Exagerar no narcisismo é o erro, porque se o apreço por si mesmo é muito grande não se vê o outro. E o público quer ser enxergado.
Em quinze edições, o reality já ensinou: vence aquele que o público deseja levar para casa para bater um papo no sofá da sala ou na cama. Aquele que o seduza, compreenda, permita ser defendido nas redes sociais e, claro, aquele que o reflita no espelho, porque o público também tem seu narcisismo e quer se sentir representado naquele que vence.
Angélica, Amanda, Rafael, Cezar e Tamires são hoje os mais fortes ao milhão e meio. Ainda é fevereiro, muita coisa acontecerá até abril, mas carisma não se inventa, revela-se, e Tamires já revelou o seu.
Seu perfil oficial diz que entrou no reality em busca do prêmio e de seguidores nas redes sociais, sua empatia gera memes intermináveis desde o primeiro dia do programa, vive em um dilema com a balança, sente saudade da filha, chora ao ouvir os relatos violentos do motoboy, virou musa inspiradora do poeta e tem uma beleza discreta que não ofende à inveja das mulheres.
Tamires parece ser ainda a carta-surpresa da direção do "BBB", que todo ano preserva participantes na primeira metade do programa. É uma proteção com vista à audiência, porque ao final de dois meses, quase ninguém aguenta mais os mesmas caras. Faz-se então uma espécie de reserva de mercado, e aconteceu com Sabrina Sato, Grazi Massafera, Íris Stafenalli, Natalia Casassola e Fernanda Keulla.
Quem descobre esse papel se preserva na medida certa, evita os conflitos centrais da trama e se resguarda do desgaste inevitável. Comilona, Tamires pode devorar todo o arroz de festa que aparecer no caminho.
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