Bilionária australiana pede a museu que remova seu retrato de exposição, mas é ignorada
Galeria Nacional da Austrália se recusou a atender o pedido da magnata, que é doadora da instituição
A mulher mais rica da Austrália, Gina Rinehart, pediu à Galeria Nacional do país, em Canberra, que removesse seu retrato de uma mostra.
A obra é parte de uma coleção de retratos do artista Vincent Namatjira, que inclui o rei Charles 3º, a rainha Elizabeth 2ª, Jimi Hendrix e outras personalidades, além de um auto-retrato.
Em 2020, Namatjira se tornou o primeiro artista aborígene a ganhar o Prêmio Archibald de artes plásticas. O artista cresceu em um orfanato em Perth, na Austrália, e só descobriu adulto que é neto do pintor Albert Namatjira.
Segundo o jornal britânico Guardian, a Galeria Nacional se recusou a atender à demanda da magnata. Em nota, o museu afirmou que incentiva o debate público em suas coleções e exposições.
"Desde 1973, quando o museu adquiriu a obra Blue Poles de Jackson Pollock, surgiram discussões sobre os méritos artísticos de exibição de obras. Apresentamos as obras ao público australiano para inspirar as pessoas a explorar, experimentar e aprender sobre arte", respondeu um porta-voz do museu à imprensa local. A exposição continuará em cartaz até o dia 21 de julho.
Rinehart é listada como "amiga" do museu e já doou cerca de 10 mil libras esterlinas (cerca de R$ 65 mil) à instituição. Ela é filha do explorador de minério de ferro Lang Hancock.
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