Participantes do Miss Universo Indonésia denunciam organizadores por assédio sexual
Diretora nacional do concurso não confirmou nem negou as acusações
Sete finalistas do Miss Universo Indonésia apresentaram uma denúncia contra os organizadores do concurso por assédio sexual, anunciou a advogada das mulheres nesta terça-feira (8).
Representantes da PT Capella Swastika Karya, sociedade que organiza o concurso, que ocorreu em Jacarta de 29 de julho a 3 de agosto, pediram às 30 finalistas que se despissem para a realização de um exame físico antes da cerimônia de coroação.
Eles insistiram que precisavam examinar a presença de qualquer "cicatriz, celulite ou tatuagem em seus corpos", disse a advogada das concorrentes, Mellisa Anggraini, à AFP. "As finalistas não sabiam que seriam submetidas a tal procedimento", acrescentou.
Segundo a advogada, todas as 30 finalistas do concurso foram submetidas à revisão corporal inesperada e cinco delas foram fotografadas. O número de denunciantes pode aumentar agora que sete das finalistas decidiram ir à público, acrescentou.
Um porta-voz da polícia de Jacarta, Trunoyudo Wisnu Andiko, confirmou as denúncias à imprensa. Serão investigadas e podem servir "como base para investigações mais abrangentes", afirmou.
Poppy Capella, diretora nacional do Miss Universo Indonésia, não confirmou nem negou as acusações. Em uma publicação no Instagram, agradeceu aos que compartilharam "seus pontos de vista" sobre o incidente. "Seus comentários não são meras palavras: são uma força poderosa", escreveu.
O concurso foi realizado para escolher a representante da Indonésia no Miss Universo deste ano, que acontecerá em El Salvador, no dia 18 de novembro.
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