Tricotilomania: Saiba o que é o distúrbio que parece acometer Amanda do BBB 23
Especialista diz que confinamento pode ter piorado as crises que a fazem arrancar cabelos
Se você é fã de BBB 23 (Globo), talvez já tenha notado que, sempre que está ansiosa ou nervosa, a médica Amanda Meirelles costuma arrancar os próprios fios de cabelo. A própria família da sister já demonstrou preocupação com a possibilidade de essa "mania" indicar algo mais grave: um distúrbio chamado tricotilomania.
"A tricotilomania é uma doença na qual o indivíduo arranca os cabelos para aliviar uma compulsão mental psicológica", explica o dermatologista e cirurgião dermatológico Gustavo Martins. "Situações de estresse ou de alta pressão são fatores desencadeantes para a intensificação desse ato. É um problema, com tratamento e necessita muitas vezes de acompanhamento dermatológico e psiquiátrico."
No programa, Amanda já relatou que chegou a arrancar todos os pelos dos braços com uma pinça durante um pico de estresse. Em outro momento, Aline Wirley notou uma falha no couro cabeludo da colega e pediu que ela parasse com o hábito. "Está muito vermelho e ferido", disse a cantora.
De acordo com Martins, normalmente o ato de arrancar os fios é feito de forma consciente pelo paciente, mas a compulsão pode ser tão grande que a pessoa nem percebe o que está fazendo. De qualquer maneira, assim como no caso de Amanda, cabe aos familiares e amigos ajudarem a alertar para haver o encaminhamento correto ao paciente.
Ele diz ainda que o confinamento e a pressão de participar de um dos programas de maior audiência da TV brasileira podem ter contribuído para que o distúrbio, mesmo que controlado, voltasse a se manifestar. "A Amanda, imediatamente após sua saída do BBB, deve buscar ajuda de um dermatologista e um psiquiatra para ser adequadamente medicada", indica.
Segundo o especialista, o transtorno afeta igualmente meninos e meninas. Porém, na idade adulta, as mulheres são até quatro vezes mais propensas a apresentar a tricotilomania do que os homens. A boa notícia é que, se houver um controle permanente a médio e longo prazos mesmo depois da suspensão do tratamento, é possível considerar que houve cura.
"A terapia cognitivo-comportamental, em que a pessoa aprende a identificar os gatilhos e a lidar com eles, costuma ser útil também", completa Martins.
Comentários
Ver todos os comentários