Cecília Flesch acusa Globo de assédio moral e processa emissora na Justiça
Jornalista entrou com ação, que corre no TRT-RJ; TV não comenta casos judiciais que estão em curso
Apresentadora da GloboNews por 18 anos, a jornalista Cecília Flesch processou a Globo na Justiça. Ela acusa a emissora de assédio moral por conta de sua demissão, no ano passado, após falar mal da empresa em um podcast.
A âncora pede cerca de R$ 2 milhões. O caso corre no TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo). A ação foi publicada inicialmente pelo Na Telinha, e confirmada pelo F5. A Globo não comenta casos judiciais. Os advogados de Flesch confirmam a ação.
Na ação, Cecília afirma que saiu de forma vexatória e vergonhosa da GloboNews, em junho de 2023, após a repercussão ruim de uma entrevista ao podcast É Noia Minha?, onde criticou a linha editorial da GloboNews.
"Tá um saco, a GloboNews só tem política e economia, economia e política, política e economia", afirmou Cecília na ocasião, se referindo a programação do canal de notícias da Globo.
A apresentadora prosseguiu com os comentários negativos e até revelou que ela e alguns colegas chamam o canal de "Rivonews", em referência ao Rivotril, famoso tranquilizante usado para tratar a ansiedade. "Não tem como fugir da realidade. E como a gente foge da realidade? Se medicando."
Em seu pedido, os advogados de Cecília Flesch afirmam que durante os 18 anos que trabalhou na emissora, Cecília passou por períodos de grande estresse causada por esgotamento de trabalho e casos de assédio moral.
Um deles teria acontecido justamente no período próximo de sua saída da GloboNews. No canal, ela comandava o matinal Em Ponto, hoje apresentado por Nilson Klava e Monica Waldvogel.
Cecília Flesch é defendida pelos advogados André Froés de Aguilar e Felipe Grossi, os mesmos que casos famosos no jornalismo, com a ação de Rachel Sheherazade contra o SBT, por exemplo.
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