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Televisão

TV Brasil compra série católica mexicana após descartar novelas bíblicas da Record

'Maria Madalena', produzida pela TV Azteca e sucesso na Netflix , estreia na TV pública

María Fernanda Yepes com véu vermelho
María Fernanda Yepes como Maria Madalena: série bíblica mexicana de 2018 foi comprada pela TV Brasil - Reprodução/Netflix
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Aracaju

Após decidir parar de comprar novelas bíblicas produzidas pela Record, a TV Brasil optou por continuar investindo no filão de produções religiosas, mas agora investindo em outro fornecedor.

A canal público mantido pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação) adquiriu os direitos da série "Maria Madalena" (2018), produzida no México pela TV Azteca.

A Azteca é concorrente da Televisa, uma das maiores produtoras de dramaturgia do mundo, responsável pelas tramas mexicanas exibidas pelo SBT no período da tarde. No Brasil, "Maria Madalena" ficou até o último mês de março no catálogo da Netflix, onde fez bastante sucesso com o público do streaming.

Na TV pública, a série será exibida como novela no horário nobre ainda neste mês. Os direitos foram adquiridos pela EBC junto à Sony Television, detentora de seus direitos de distribuição. Todos os 60 capítulos serão dublados.

A série, que tem viés católico por conta da religião ser a de maiores adeptos no México, conta passagens da clássica personagem bíblica que foi uma das seguidoras de Jesus Cristo. A produção foi elogiada por dar uma linha mais realista para a história.

A TV Brasil adquiriu a série por conta do sucesso das produções da Record na programação. Novelas como "Os Dez Mandamentos" (2015-2016) e "A Terra Prometida" (2016) chegaram a dar picos de 3 pontos na Grande São Paulo, excelentes para os padrões da emissora pública. Cada ponto equivale a 207 mil indivíduos.

Em agosto, a TV Brasil havia anunciado que iria parar de comprar tramas religiosas da Record por não desejar um viés religioso na sua programação.

"A Globo não vende novelas. Ela mesma já faz a retransmissão no 'Vale a pena ver de Novo' e no canal Viva. Da Record, não queremos comprar. São aquelas novelas bíblicas. A Band vende caro e não tem nada de bom", afirmou o então presidente da EBC, Hélio Doyle, em entrevista ao Metrópoles.

Doyle foi demitido no mês passado após compartilhar uma mensagem no X (ex-Twitter) que dizia que os apoiadores de Israel na guerra contra o grupo terrorista Hamas são "idiotas".

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