Fernando Pavão detalha 'Reis' e diz que trama terá linguagem de série na Record
Ator termina 'Gênesis' e engata um hebreu cheio de fé na superprodução
Mal terminava as gravações de seu papel como o faraó Sheshi em "Gênesis" e o ator Fernando Pavão, 50, já recebia um novo convite da Record. A partir do início de 2022, ele fará parte do elenco da bíblica "Reis", mais uma superprodução da emissora.
Embora a última fase da trama continue no ar, o último dia no set de filmagens do ator foi em 14 de setembro. Ele não imaginou que já entraria em um novo projeto. "Foi tão rápido, eu estava careca e agora, para entrar no novo personagem, imaginei que o cabelo teria que crescer, mas não precisou", diz ele.
"Já aconteceu de eu ficar entre um trabalho e outros e agora, por questão do mercado, as emissoras não têm muito banco de elenco. Obviamente aceitei o convite e fiquei feliz por acharem que eu tenho a cara do papel. Gosto daqueles que são ricos em possibilidades", define.
O ator já lê roteiros, ensaia e prova figurinos da trama. Segundo ele, os processos estão acelerados. "Começaremos a gravar no dia 8 de novembro. Meu personagem tem um fase de envelhecimento de 25 anos", adianta. A novela "Gênesis" terminará na segunda quinzena de novembro e ainda não foi definido o que a substituirá até o início de "Reis".
E por falar em personagem, Pavão adianta detalhes do que o público poderá ver no seu núcleo. "Eu faço um hebreu, um homem de muita fé que nutre um amor profundo pela mulher, Ana (Branca Messina)", revela.
Na trama, porém, os personagens passarão por um dilema. A mulher não conseguirá engravidar em meio a uma sociedade patriarcal na qual era um absurdo uma mulher não gerar uma criança.
"Isso vira uma questão importante. Meu personagem e o da Branca depois acabam conseguindo ter um filho, Samuel, que mais para frente será um dos primeiros juízes contados na Bíblia que tomavam as decisões por seu povo", explica Pavão.
O hebreu de Pavão será um homem que cultiva poucas coisas, como algumas ovelhas, mas que já foi um senhor de posses e bem de vida. Samuel, após seu nascimento, é oferendado por Ana a Deus a prestar serviços a Ele durante a vida toda.
Presente diariamente nos bastidores da superprodução, que, assim como, "Gênesis" será exibida em fases, Pavão conta mais detalhes do que está por vir. Segundo ele, alguns aspectos da maneira de gravar e de atuar serão diferenciados de outras tramas da Record.
"Vai ser uma novela que procurará uma linguagem mais de série até na maneira de gravar, não será do jeito tradicional. Serão sempre duas câmeras, uma mais geral e outra em close. E a ideia é que os atores ensaiem muito para poderem gravar de primeira", revela.
Tudo isso tem sido proposto pelo diretor argentino Juan Pablo Pires, que no canal já trabalhou na minissérie "Lia" (2018). "Ele faz muito cinema lá fora, traz uma percepção distinta do que estamos acostumados. Vai valorizar mais a fala do ator, a estética, vai dar uma renovada para não ficar igual ‘Gênesis’", explica Pavão.
O ator se diz realizado. "Aqui [Record] eles gostam de enxergar e dar papéis para certos atores que acreditam ser bons, e por sorte sou um deles, tenho essa confiança. É uma entrega, quando pego um papel o vivo por meses. O resultado aparece no ar", afirma.
Outro motivo que deixa Pavão mais motivado é ter passado os dois anos da pandemia empregado. Ele sabe como seria difícil enfrentar a pandemia do coronavírus sem estar na ativa, já que muitos de seus colegas do setor audiovisual tiveram de lidar com essa situação.
O artista faz uma crítica ao governo federal. "Ainda mais nesse governo que não dá apoio nenhum para a cultura. Eu poder estar empregado é ótimo. Mesmo que haja cansaço por ser um trabalho atrás do outro. Enquanto houver convite vou aceitar."
Não bastasse tudo isso, Fernando Pavão ainda conta ter mais planos. Depois de fazer "Pecado Mortal" (2013), "Escrava Mãe" (2016), "Apocalipse" (2017), "Jesus" (2018), "Gênesis" (2021) e "Reis" em 2022, se dedicará ao teatro com uma peça em São Paulo de nome "Terremoto em Londres.
"Estamos com elenco em formação, será outra superprodução no Sesi, com 28 atores o tempo todo em cena. Aborda o fim do mundo e fala de valores muito atuais. Pretendemos estrear dia 9 de fevereiro", adianta.
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