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Televisão

Fernanda Gentil diz aprender com críticas para chegar madura ao Zig Zag Arena

Atração terá anônimos e famosos brincando nas tardes de domingo

Fernanda Gentil no cenário do Zig Zag Arena João Cotta/Globo

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São Paulo

Nunca a apresentadora Fernanda Gentil, 34, esteve tão feliz. Apaixonada por esportes e há dois anos com os pés no entretenimento, agora a apresentadora poderá juntar “o melhor dos dois mundos” no comando do Zig Zag Arena, game show das tardes de domingo, na Globo.

“É motivo para agradecer todos os dias. Desde o convite, me senti especial. Ao mesmo tempo, tinha uma carga do desafio que é o que me move. Fui sortuda. Depois, fui estudar para ver como eu poderia acrescentar, pois era muito bom para ser verdade. Mergulhei de cabeça”, opina ela.

Na atração, com estreia programada para este domingo (3), logo após Temperatura Máxima, o intuito é fazer qualquer adulto brincar igual criança. E os jogos são os mais conhecidos: pique-pega, polícia e ladrão, corrida maluca, dentre outros.

Uma gigantesca arena será palco de jogos muito comuns da infância, mas com alta tecnologia e inovação. O prêmio para o time vencedor, composto sempre por seis membros, é de R$ 30 mil (veja mais abaixo).

“Esporte com entretenimento traz leveza em meio a essas notícias pesadas. Fazer a pessoa se divertir e tocar no telespectador em um lugar especial que é a memória afetiva é muito bom”, reforça a apresentadora.

Nos dois anos em que está no entretenimento do canal, Fernanda teve alguns percalços, sobretudo no comando do Se Joga. Em 2020, a atração tinha a proposta mais bem-humorada, com esquetes e quadros, mas acabou não estancando as derrotas de audiência para a Record no horário e terminou suspenso.

Um ano depois, voltava às tardes de sábado remodelado, mais intimista e com entrevistas, homenagens e bastidores, semelhante ao antigo Vídeo Show. Mas também não vingou e saiu da programação para Fernanda surgir no Zig Zag.

“Sempre disse que sou trabalho futebol clube. Nunca será meia boca, vou dar 110%. O Zig Zag é minha cara, minha essência. Não descarto nada que vivi, nem de bom nem de ruim, o que vivenciamos faz a gente ser o que é. Aprendo com as lições, levo as críticas para amadurecer e evoluir”, comenta a apresentadora.

“O Se Joga durou seis meses, quando começamos a engrenar veio pandemia. E quando voltou, voltou diferente, outro formato. Mas agora chego mais madura e pronta. Tomara que seja só ladeira acima”, emenda Fernanda.

Ao lado dela no Zig Zag Arena estarão o narrador Everaldo Marques, a comentarista e ex-jogadora de basquete Hortência e o humorista Marco Luque. Eles falam dos desafios de fazer a locução e os comentários de esportes tão peculiares.

“Durante o projeto eu lembrava do início do sonho de ser narrador. Narrava as brincadeiras do meus amigos. Eu era o Galvão, o Osmar Santos. E meus amigos eram o Pelé, o Maradona. O desafio é o de começar em uma folha em branco. Tem coisas que nunca narrei”, diverte-se Everaldo, que promete lançar o bordão “você é ridículo” sempre que algum competidor se der bem no jogo.

Para Hortência, uma das maiores jogadoras de basquete e acostumada a grandes confrontos, o mais difícil será comentar sobre algo que ela só brincava quando pequena. “Como é que se comenta corrida de saco? Mas fomos aprendendo, entendendo melhor como fazia. Eu enlouqueci quando vi a estrutura”, diz.

Para Luque, o responsável por fazer piadas, não será difícil exercer sua função. “Temos muitos momentos hilários. É muito legal ver alguém caindo”, afirma.

MEGAESTRUTURA E ORIGINALIDADE

Quando o diretor artístico Raoni Carneiro sentou pela primeira vez com Boninho para pensar como seria o projeto da arena de jogos, ele já sabia que deveria ser algo grandioso. A primeira reunião sobre o projeto aconteceu no primeiro dia de fevereiro e, sete meses depois, haverá a estreia na Globo.

“É um formato original Globo e um dos maiores momentos da minha carreira. Foram surgindo desafios de tecnologia e o intuito sempre foi montar uma coisa grandiosa, construir um sonho fascinante. Tínhamos que trazer algo acessível, simples e com memória afetiva”, diz Carneiro.

O estúdio tem 1.500 metros quadrados, é completamente inteligente e automatizado e dividido em três grandes áreas. Cada uma abriga uma fase do jogo. Os brincadeiras recebem uma boa dose de tecnologia.


Na fase Pique-Pega, os participantes terão de ultrapassar obstáculos e esconderijos, entrar em escorregadores e escadas de corda para não serem caçados pelos pegadores do outro time e ganharem mais pontos. O cenário ainda conta com zonas de imunidade para o corredor poder retomar o fôlego.

Na segunda etapa, o Megaball, eles precisarão lidar com bolas gigantes e acertar em determinados lugares. Há 16 camas elásticas, traves de gol e uma cesta de mais de três metros de altura.

Na última fase do game, chamada Tudo ou Nada, os participantes terão de cumprir algumas tarefas em um prédio de três andares. Lá dentro, três escorregadores conectam os andares entre si, além de um labirinto e portas automáticas que se fecham ao terem botões acionados.

Os competidores se dividirão em dois times de seis participantes para cada lado e precisarão se organizar para definir as melhores estratégias em cada uma das partidas.

Além de famosos como Sasha Meneghel, Dilsinho e Pocah, o programa terá equipes formadas por pessoas comuns. “Queríamos colocar quem mais nos ajudou na pandemia para brincar. Chegam médicos, enfermeiros, profissionais da educação, motoristas, entregadores, artistas de circo, garis, mecânicos”, diz Raoni.

Ao longo da atração, diz ele, o público começará a se identificar com um lado e o programa ganhará toques de reality show. “Teremos momentos emocionantes também. É legal ver grandes adultos se tornarem grandes crianças. Foram ótimos momentos”, finaliza o diretor.

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