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Televisão

Danton Mello diz que atuar na infância não o privou de nada: 'Me diverti'

No ar em 'A Gata Comeu', ator recorda carreira em atração do Viva

Danton Mello, Nuno Leal Maia, Juliana Lucas Martin em "A Gata Comeu" (1985) - Nelson Di Rago/Globo
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São Paulo

Às vésperas de fazer dez anos, Danton Mello fez a sua estreia em novelas. Foi em abril de 1985 em "A Gata Comeu", da Globo. Na trama, ele era Cuca, filho de Fábio, o protagonista vivido por Nuno Leal Maia, 73. Integrava também o Clube dos Curumins, núcleo infantil que foi um dos destaque da história, que acaba de chegar ao catálogo do Globoplay.

Mello, que hoje tem 46 anos, relembra esta e outras novelas nesta quinta (10) no especial "As Crianças que Amamos", do canal Viva. Em 13 episódios, a série mostra a trajetória de atores que iniciaram na infância suas carreiras na teledramaturgia. A produção segue a mesma linha de "As Vilãs que Amamos" e "Os Casais que Amamos", ambos do Viva.

Além de Danton Mello, Caio Blat, 41, Carla Diaz, 30, Cosme dos Santos, 65, Elizângela, 66, Fernanda Rodrigues, 58, Isabelle Drummond, 27, Klara Castanho, 20, Narjara Turetta, 54, Sérgio Malheiros, 28, Thiago Martins, 32, e Wagner Santisteban, 38, são retratados na série. O episódio de estreia, no último dia 3, foi com Deborah Secco, 41.

Danton Mello afirma ter ótimas recordações dos bastidores de "A Gata Comeu", especialmente da convivência com Nuno Leal Maia. "Ele era muito generoso, um paizão que brincava com a gente."

"Foi legal ter feito parte de uma novela como essa, que marcou uma geração, e até hoje as pessoas lembram e comentam na rua", completa.

Depois da trama, o ator foi destaque em outras novelas como em "Vale Tudo" (1988), em que fez o papel de Bruno, filho de Leila (Cássia Kis) e Ivan (Antonio Fagundes), e em "Tieta" (1989), como Peto, um dos filhos da vilã Perpétua (Joana Fomm).

Mello afirma que adorava atuar quando criança e que isso não atrapalhou a sua educação. "Eu conseguia dividir meu tempo com a escola, era uma exigência. A gente só gravava depois do horário escolar", diz, completando que seus pais o ajudavam.

"Eu adorava [gravar]. Inclusive trago ainda esse frescor. Eu encarava como uma brincadeira de contar história, de pôr uma roupa diferente e viver ali um personagem", afirma ele, que antes de estrear em novelas, já tinha feito muita publicidade.

Questionado se tem algum arrependimento sobre ter começado tão cedo, Mello afirma que não e que faria tudo igual. "Não sinto falta de nada, consegui viver minha infância, ter meus momentos de brincadeiras, de amigos da escola, de brincar na rua e de brincar no set", diz.

"Eu tinha noção de que aquilo era trabalho, eu tinha compromisso, horário e texto para decorar, mas sempre me diverti fazendo isso. Eu amo o que eu faço, então se eu voltasse no tempo, faria tudo igual", acrescenta.

Danton Mello se prepara para voltar à TV ainda este ano em "Um Lugar ao Sol", próxima novela das nove da Globo. Na trama, ele é Matheus, um homem simples e íntegro do interior, que reencontra Lara, amor da adolescência, vivida pela atriz Andreia Horta, 37.

"É uma novela linda, mais uma parceria com Maurício Farias, um grande amigo e um cara que admiro muito como diretor e como pessoa", afirma. Os dois trabalharam juntos na série "Hebe" (2019), em que Danton interpretou Cláudio Pessutti, sobrinho da apresentadora.

O ator também faz uma participação na quinta temporada de "Sessão de Terapia" (2021) como Miguel, irmão na ficção de Caio Barone, interpretado por seu irmão na vida real, Selton Mello, 48. Embora ambos trabalhem na TV desde crianças, é a primeira vez que eles contracenam juntos.

"Foi lindo e emocionante. Há muitos anos temos essa vontade de trabalhar juntos e, enfim, conseguimos viver dois irmãos em cena em uma série tão bonita, tão essencial, principalmente nos dias de hoje, com a pandemia", afirma.

Danton Mello diz ainda que estuda projetos para 2021 e que está torcendo para o Brasil superar "essa pandemia, essa crise e esse momento maluco que estamos vivendo". "Para voltar à rotina e tocar novos projetos, mas trabalhando sempre o máximo possível, fazendo o que a gente ama."​

"As Crianças que Amamos"

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