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Top Chef, versão de reality culinário da Record, tem cozinheiros profissionais confinados

Conheça os 16 participantes do programa, que estreia nesta quarta (3)

O chef francês Emmanuel Bassoleil (à esq.), Felipe Bronze e a crítica de gastronomia Ailin Aleixo no programa 'Top Chef'
O chef francês Emmanuel Bassoleil (à esq.), Felipe Bronze e a crítica de gastronomia Ailin Aleixo no programa Top Chef - Antonio Chahestian/Record TV
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São Paulo

Dezesseis cozinheiros profissionais confinados na mesma casa e que são o tempo todo testados em diferentes provas de culinária. É assim que funciona a dinâmica do novo reality culinário da Record: o Top Chef, que estreia nesta quarta (3), às 22h30.

"O Top Chef é rock n' roll, não para um segundo, não tem alívio. Os competidores estão o tempo todo sendo testados", conta o chef Felipe Bronze, responsável por comandar a nova atração, além de ser também um dos juízes da competição. 

O chef francês Emmanuel Bassoleil e a crítica de gastronomia Ailin Aleixo são os outros dois jurados fixos do programa, que dará ao vencedor um prêmio de R$ 300 mil.

A cada episódio, os competidores encaram duas provas. O Teste de Fogo, que garante algum tipo de vantagem ao vencedor, como imunidade. E o Desafio da Eliminação, em que o responsável pelo pior prato deve deixar o programa. 

Segundo Bronze, deixar os chefs confinados em uma casa é um "tempero" do Top Chef e não funciona da mesma forma que outros programas semelhantes, como Big Brother Brasil ou A Fazenda, que estimulam brigas, embora ele adiante que elas aconteçam.

"Imagine que os chefs podem se tornar amigos na casa, trocarem ideias, e um pode usar a ideia do outro em uma disputa, e daí um vai para a eliminação. Isso acontece e acontece mais de uma vez [no Top Chef]", diz.  

"E eles não estão lá pela exposição. O confinamento é um problema, não uma solução. Eles competem, disputam, brigam e precisam ir para a mesma casa, às vezes até para o mesmo quarto", completa Bronze.  

Apesar de alguns conflitos, a jurada Aleixo afirma que é "emocionante" ver a evolução dos participantes ao longo da competição e o respeito que eles têm um pelo outro. O diretor Rodrigo Carelli acrescentou que o nível dos chefs é muito alto. Os 16 competidores foram escolhidos após provas práticas e análises dos currículos e histórias de cada um. 

Um deles, segundo o apresentador Bronze, trabalhou como sous chef (o segundo no comando de uma cozinha profissional) do restaurante Alain Ducasse, no Plaza Athenee, em Paris, França, listado entre os melhores do mundo. Outro é responsável pelo restaurante de um hotel cinco estrelas no Qatar. 

As gravações dos 13 episódios já aconteceram e levaram pouco mais de um mês. Apenas a decisão final com o anúncio do vencedor será feita ao vivo. Durante o período em que ficaram confinados, segundo Carelli, os chefs não receberam cachê, mas uma ajuda de custo, cujo valor não foi divulgado. 

Como há muitas palavras e expressões usadas pelos cozinheiros que não são conhecidas do grande público, o diretor revela que o programa terá um glossário para que as pessoas possam entender os termos usados na atração.

Felipe Bronze também destaca que as provas de culinária, em geral, são grandiosas. Algumas delas são clássicas do Top Chef, formato criado nos Estados Unidos em 2006 e já presente em mais de 20 países, e tiveram pequenas adaptações para a versão brasileira. "As provas são muito diversas. Não é uma prova de comida italiana, outra de francesa, não é assim. É ter uma prova sob condições adversas, porque eles não podem cozinhar no fogo, outra prova de altíssima cozinha, outra de comida de mãe", cita o apresentador.  

JURADOS

Segundo Carelli, o fato de o Top Chef ter um jurado francês, assim como o MasterChef da Band, em que o cozinheiro Érick Jacquin faz sucesso com o seu sotaque, foi uma coincidência. 

"O Emmanuel não foi escolhido porque é francês, foi escolhido porque ele é demais e a gente adora ele. E se fosse árabe, estaria aqui também", disse o diretor em coletiva de imprensa, na semana passada,​ em São Paulo. "E o nosso francês é mais bonito, né", brincou Bronze.

Mesmo antes de ser questionado sobre o assunto, Bassoleil afirmou que ele e Jacquin são como "irmãos". "A gente convive o tempo inteiro juntos." Tanto Bassoleil quanto Aleixo chegaram a participar do MasterChef como convidados especiais. "É muito diferente fazer uma participação pontual e ser parte efetiva do programa. Aqui está muito mais a nossa alma, porque aqui a gente está todos os dias", complementou Aleixo.

Para ela, entrar na atração foi um grande aprendizado, especialmente, em relação a como expressar as suas opiniões para os participantes. "Você fazer uma crítica em que a pessoa vai ler é uma coisa, você falar para a pessoa na frente dela é outra. Foi uma escola para mim em como falar o que tinha de ser falado, de uma forma sensata, sem agressividade e com o intuito de fazer a pessoa melhorar, e não para ela ficar mal, afinal, você não quer destruir a pessoa", disse.

Aleixo e Bronze são considerados os jurados de "personalidade mais forte" do programa, já o francês é o apaziguador. 

Felipe Bronze já tem experiência como apresentador de programas culinários, mas na TV a cabo. No GNT, ele comanda os programas Que Seja Doce e Perto do Fogo. É também dono do restaurante Oro, no Rio,  que tem duas estrelas Michelin, e acaba de abrir o Pipo, sua primeira casa em São Paulo, no jardim do Museu da Imagem e do Som, no Jardim Europa.     

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