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Portadora de ELA em 'Malhação', Pally Siqueira fez diário para avanço da doença da personagem

Vigésima sexta temporada da novela chega ao fim nesta segunda

Pally Siqueira, como Amanda, personagem que tem ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) em 'Malhação'
Pally Siqueira, como Amanda, personagem que tem ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) em 'Malhação' - Divulgação
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São Paulo

Mais uma temporada de “Malhação” termina nesta segunda-feira (15) com saldos positivos e negativos. Longe de ter conseguido os elogios da fase anterior, “Viva a Diferença”, que ganhou o Emmy Internacional Kids na semana passada, “Vidas Brasileiras” se destaca pela inovação do formato e por abordar temas polêmicos e reflexivos. 

Apesar de ter bem definido o núcleo central da trama, nos personagens de Camila Morgado e Carmo Dalla Vecchia, essa 26ª temporada adotou a narrativa da série canadense “30 Vies”, destacando uma personagem ou história por quinzena. Desafio que motivou Patricia Moretzsohn, 40, a assumir a autoria da novela após cinco anos. 

“Vi mais pontos positivos [do que negativos com o formato]. Dentro da temporada, conseguimos produzir dezenas de histórias diferentes, cada uma com seu universo peculiar. Descobrimos atores jovens talentosos e seguros. Foi um exercício muito interessante para todos os envolvidos”, avaliou ela. 

A atriz Pally Siqueira, 26, que interpretou Amanda, uma jovem portadora de ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), também aprovou o formado por dar a “possibilidade de todo mundo mostrar o seu potencial”. Ela, no entanto, destaca que a carga horária de trabalho ficava puxada a quem era foco da quinzena. 

Mas foi a doença de sua personagem que mais marcou sua participação na novela, tendo mostrado várias fases da doença que reduz a funcionalidade dos músculos. “A Amanda me possibilitou viver e experimentar meu corpo de todas as formas, foram meses de estudos diários. A cada novo sintoma, um novo desafio”, avalia a atriz. 

 

Siqueira, que estreou em “Totalmente Demais” (2015-2016), também da Globo, afirma que chegou a fazer um diário onde anotava cada movimento da personagem para não perder a linha de progressão da doença. “Gravamos fora da ordem cronológica, então havia dias em que eu começava na cadeira e terminava no andador.”

Além do caso de Amanda, “Malhação” teve núcleos envolvendo assédio, dependência de drogas, distúrbio alimentar, agressão, homofobia, entre vários outros assuntos polêmicos. Para a autora, a abordagem desses temas em uma novela voltada ao jovem é a maior responsabilidade, mas também gratificante. 

Camila Morgado, que afirma não ter influência de adolescentes no dia a dia, diz que foi justamente a possibilidade de trabalhar e falar com esse público que a motivou a aceitar o papel da professora Gabriela: “Foi muito bom, um aprendizado e tanto, me senti jovem o tempo inteiro. Era um set muito animado, alegre, com muita pulsão de vida”. 

Com o término de “Malhação: Vidas Brasileiras” nesta segunda, começa a 27ª fase na terça (16). “Do meu querido amigo Emanuel Jacobina, que certamente vai arrasar”, afirma a autora da atual temporada, Moretzsohn. “Tenho muito carinho por ‘Malhação’ e sei que nunca me afastarei totalmente”, completa ela. 

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