Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Televisão

Gloria Groove faz versão de 'Coisa Boa' para campanha do iFood : 'É um degrau da carreira'

Drag queen estrela anúncio ao lado de Maria Alcina, Luiza Brasil e Kika Bom

A cantora Gloria Groove participa do comercial do iFood

A cantora Gloria Groove participa do comercial do iFood Divulgação

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Inspirado no hino contra a opressão de Gloria Groove, o aplicativo de pedido e entregas de comida iFood convidou a cantora para fazer uma versão da canção "Coisa Boa" para sua nova campanha comercial, que estreou nesta sexta-feira (22) no intervalo comercial do Jornal Nacional, da Globo. 

Com a música "Fome Boa", a empresa amplia o movimento de reposicionamento da marca que começou na campanha anterior, "Pra Qualquer Fome, Pede um iFood", protagonizada pela apresentadora Márcia Goldschmidt e pela atriz Laura Cardoso. Dessa vez, o lema "Fome de Carnaval" quer tirar o foco do aplicativo e direcioná-lo para os consumidores. 

"Estamos alcançando uma maturidade de marca e precisávamos trazer uma proposta diferente, muito mais olhando para o consumidor e não só o que poderíamos oferecer a ele. Agora é para todas as pessoas e para qualquer fome de qualquer pessoa. É uma evolução", disse Rafaella Gobara, 37, diretora de marketing do iFood. 

E esse amadurecimento também está na escolha dos personagens da campanha, como a cantora drag Gloria Groove, além das cantoras Maria Alcina, Kika Boom e a jornalista  Luiza Brasil. "São pessoas que têm representação muito grande e importante nos nichos delas, mas não necessariamente estavam falando com todas as pessoas. Esse hit que estamos trazendo é para mostrar que o iFood está lá para você. Nós fazemos a curadoria para você ter todo o acesso", afirma Gobara, que conta que a empresa passará a divulgar novas campanhas em todos os carnavais.

Um dos ícones do movimento LGBTQ, Gloria Groove afirma que teve muita liberdade para participar da versão da música do comercial do iFood.  "O pessoal se mostrou interessado com a minha opinião e se importando de fato com o que eu achava. Já vi isso acontecer com vários outros artistas, de fazer uma versão da música para estar em uma campanha. É um degrau da carreira."

A cantora lembra que desde os seis anos participa de comerciais na televisão. Entretanto, como drag queen, esse é apenas seu segundo comercial –o primeiro foi há dois anos para a marca de cosméticos Avon. Ela afirma que é importante a presença de uma personagem como ela em campanhas publicitárias e que as marcas precisam ser cada vez mais inclusivas. 

A cantora Maria Alcina participa do comercial do iFood
A cantora Maria Alcina participa do comercial do iFood - Divulgação

"Ser uma marca inclusiva significa que você se posiciona a favor da vida. É uma decisão muito séria a se fazer. É muito importante que a gente, como representantes, sempre esteja atento para o que são espaços de representatividade reais e quais querem se aproveitar de nossa arte, de nosso desempenho e de nosso público", diz a cantora, lembrando que o Brasil é um dos países que mais mata homossexuais no mundo. 

"É um radar muito difícil de se identificar cada coisa, e gosto muito de confiar no que está rolando. E se acredito de fato naquilo, isso se aquilo não era inclusivo de fato, vai passar a ser depois daqui. E isso o que importa, aprender a evoluir com nossos erros e equívocos", completa. 

Rafaella Gobara concorda com Gloria Groove e afirma que a empresa quer se aproximar das minorias. "Trazemos mais a diversidade. Cada um tem uma idade, uma cor, vem de uma região. Alcina representa o Carnaval, a música brasileira, e não estava no 'mainstream' há algum tempo. Luiza Brasil está dando novo significado o Carnaval ao abordar a mulher negra."

"Esse movimento da diversidade é muito pontuado pelo contexto que estamos agora. Como marca, temos a obrigação de trazer essa mensagem de união e não de polarização. Quando olhamos mais para o consumidor isso ia acabar sendo natural. Mais do que diversidade é a representatividade, de ter pessoas de várias origens", conclui. 

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem