Globo e Record lançam nesta semana realities para descobrir novos sucessos da música
The Voice Brasil volta nesta terça e Canta Comigo começa na quarta
Quem gosta de reality show musical não tem do que reclamar. Nesta semana, dois programas do gênero estreiam na TV brasileira. A Globo vem com a sétima edição do The Voice Brasil, que estreia nesta noite, depois de “Segundo Sol”. Já a Record coloca no ar, na quarta (18), às 22h30, a adaptação do programa inglês “All Together Now”, que aqui se chamará Canta Comigo.
A nova temporada de The Voice Brasil terá surpresas, mas continua mostrando a saga dos candidatos por visibilidade e espaço no mercado musical. As próprias edições anteriores serviram de base para os novos participantes. “Uma das candidatas disse que viu todos os programas e falou que já imaginava que música iria escolher para cantar. Dá para perceber que as pessoas estão estudando o programa”, conta Lulu Santos, técnico da atração ao lado de Michel Teló, Ivete Sangalo e Carlinhos Brown. A apresentação é de Tiago Leifert, e Mariana Rios continua fazendo as reportagens dos bastidores.
Neste ano, o The Voice Brasil vai ao ar às terças e quintas-feiras —antes era só uma vez por semana. “O público vai ganhar com isso. Teremos mais chance de cantar e poderemos ouvir mais as histórias dos participantes”, afirma Teló.
Justamente entre esses dois dias de exibição do The Voice Brasil, às quartas, vai ao ar o Canta Comigo, da Record, após o “Jornal da Record”.
O programa terá o comando de Gugu Liberato, que apresenta o seu primeiro reality show musical. “O convite foi uma grata surpresa. Para me preparar, o diretor Rodrigo Carelli deixou disponíveis todas as informações sobre o elenco de jurados, cantores e músicas que seriam interpretadas. Recebi também vários vídeos da [emissora britânica de televisão] BBC, onde o programa foi exibido”, explica ele, que há pouco tempo apresentou outro reality, o Power Couple Brasil, também na Record.
Exibido pela primeira vez no Brasil, o Canta Comigo tem como grande novidade o fato de possuir cem jurados. A maioria são cantores e músicos, mas há também apresentadores, atores e empresários. “Duas emissoras grandes estrearem programas do tipo quer dizer uma coisa muito importante: o mercado da música está forte”, analisa o cantor Conrado, que faz parte do júri. Seja em qual programa for, os participantes não podem se esquecer das responsabilidades. “Quando o artista está no seu melhor momento é que ele deve ter a cabeça centrada para não perder o foco”, afirma Ivete Sangalo.
NOVOS RECURSOS
O The Voice Brasil (Globo), que começa sua sétima edição nesta terça, após “Segundo Sol”, terá um tempero a mais em relação às temporadas passadas. O botão de bloqueio dará a chance de um técnico impedir que outro escolha um candidato durante a fase de audições às cegas.
“Eu acredito que essa ferramenta deixará o programa mais competitivo. A ideia é colocar uma pitada a mais de zoeira nessa brincadeira”, diz Michel Teló. “Nós nos respeitamos e temos um carinho muito grande uns pelos outros, mas, na hora de escolher o candidato, ninguém está ali para brincar”, fala o sertanejo.
Teló, aliás, entrou a sério no The Voice Brasil. Ele ganhou todas as edições de que participou desde quando entrou como técnico, em 2015, no lugar do cantor Daniel.
O botão de bloqueio também provocará momentos de tensão, já que o técnico barrado só saberá que está impedido de chamar um cantor para o seu time no momento em que apertar o botão de escolha. Mas os técnicos terão de ser estratégicos, porque a ferramenta poderá ser usada apenas uma vez durante toda a fase de audição.
“É uma estratégia boa. Quem for bloqueado ainda terá a chance de optar por outros candidatos. Cada impedimento vai exigir uma boa escolha”, diz outro técnico da atração, Carlinhos Brown.
A chance de estar na atração também é maior no The Voice Brasil deste ano. Cada equipe será composta por 18 integrantes, frente aos 12 da versão anterior. Outra novidade desta edição é o recurso do salvamento instantâneo. Em votação no site do programa, o público poderá recuperar candidatos que forem eliminados durante a fase de batalha dos técnicos. Quem passar por tudo isso terá direito a um prêmio de R$ 500 mil e ainda a um contrato com uma grande gravadora.
JÚRI VARIADO
O programa “All To gether Now”, produzido pela emissora britânica BBC, ganha a sua versão nacional, o Canta Comigo, que será exibido, às quartas-feiras, na Record.
Assim como no original, terá como principal característica o corpo de jurados, formado por cem pessoas. Entre elas, estão os cantores Felipe Dylon, Thaíde, Thainá Cardoso, Regis Danese, Conrado, Sula Miranda, Leandro e Gilliard. O júri ainda abre espaço para as apresentadoras Penélope Nova e Andréa Sorvetão e a empresária Lilian Gonçalves.
“Muitos deles eu já conheço e, inclusive, já participaram de meus programas ao longo da minha carreira. Os demais membros terão o mesmo respeito, porque são todos, de alguma forma, ligados ao universo musical”, conta o apresentador Gugu Liberato, que será o maestro da trupe.
Os programas já foram gravados, com exceção da final, que acontecerá no dia 12 de setembro e será ao vivo, com escolha do público. O campeão vai ganhar R$ 300 mil.
“Veremos histórias de vida de alguns candidatos e teremos um espaço para os jurados conversarem entre si”, conta Gugu.
“Parecia impossível reunir tanta gente diferente. Mas a produção foi muito competente e atenciosa e fez com que tudo desse muito certo. Ficamos o tempo todo juntos, e aí houve uma integração enorme entre os jurados”, diz o músico e cantor Roberto Seresteiro.
Para Conrado, o sentimento em muitos momentos ajuda a decidir a escolha dos candidatos. “Às vezes, técnica demais atrapalha. O candidato quer mostrar que sabe demais e não toca quem ouve a música. A simplicidade contou a favor de muitos cantores.”
Os jurados poderão dividir essas emoções com os próprios participantes. Se eles se empolgarem com a apresentação, podem descer ao palco e dividir os vocais com o cantor.
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