Aos três anos, André Luiz Miranda já manifestava o sonho de seguir carreira artística. “Minha mãe conta que eu já falava que queria ser artista”, diz. Aos sete, ele começou a fazer propagandas e, aos 11, já estava no horário nobre na Globo. Quem não se lembra do menino Tiziu, da novela “Terra Nostra” (1999)?

“Eu fico muito feliz, porque até hoje as pessoas me reconhecem por esse per­sonagem”, diz. Desde então, Miranda participou de outras novelas e traba­lhos. Agora, aos 30 anos, e depois de seis anos longe da Globo, o ator volta à emissora como Vinícius, de “Malhação”.

“Meu personagem é um garoto que era muito pobre, mas foi adotado pelo Ra­fael [Carmo Dalla Vecchia] e hoje traba­lha com ele na ONG Percurso. Vinícius é um espelho para a garotada da instituição, mostra que com educação é possí­vel superar dificuldades.” Na trama, a ONG, entre suas ações, cria oportunida­des de estudo a jovens de baixa renda.

Miranda, para quem a arte tem a mis­são de contar histórias e provocar refle­xão, está em cartaz em São Paulo com a peça “O Jornal -The Rolling Stone”, di­rigida por Lázaro Ramos e Kiko Masca­renhas, que retrata o preconceito con­tra homossexuais. “É baseada em um fato real de Uganda [África], mas que não está tão longe de nós: o Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo.”

Em busca de estabilidade financeira, o ator chegou a ficar afastado da profis­são por quase três anos, quando teve um restaurante. “Era muito puxado to­car os dois, então me afastei da carreira artística. Mas ser ator é o que eu amo.” Casado e pai de Beatriz, dois anos, ele diz dedicar o tempo livre à família.