Desenhista do Superman afirma que personagem 'é um modelo a ser seguido'
Tom Grummet e demais quadrinistas do herói falam nos 80 anos do personagem
Na comemoração dos 80 anos do personagem Superman, da DC Comics, que ganhou uma edição de número mil este ano, os mais recentes desenhistas do super-heroi se reuniram durante a Comic Con (CCXP), nesta quarta (6), em São Paulo. Mesmo após mudanças sofridas ao longo de seus anos de vida, os criadores concordam que Superman continua relevante.
Para o quadrinista americano Tom Grummet, o mundo precisa desse herói, mais do que nunca. “O Superman é o cara que faz a coisa certa, porque é isso que precisa ser feito e por serem valores que ele adquiriu de sua criação. É um modelo a ser seguido. Sou suspeito, mas acho que ele foi o maior herói já criado”, afirmou. David Micheline completou. “Acho que ainda existe muito mal no mundo, e, por isso, precisamos recuperar o Superman que existe dentro de nós.”
Os quadrinistas falaram que houve momentos em que o Superman teve mudanças polêmicas e nem sempre foi retratado da melhor maneira. “Quando eu vi o primeiro filme, com Christopher Reeve, eu detestei. Desculpe dizer isso, mas o personagem era perfeito demais, e isso não era o retrato dele nos quadrinhos”, afirmou John Romita, que admite ser importante haver várias versões do personagem com o passar do tempo. “É como criar uma nova melodia para a mesma música, e essa habilidade é algo incrível.”
Já retratado de inúmeras formas no cinema e também pelas mãos de diferentes desenhistas nos quadrinhos, o Superman precisa ser lembrado pelos seus ideias, defendeu o brasileiro Ivan Reis. “As pessoas do mundo precisam de representantes e é sempre muito difícil que uma só pessoa represente a todos. Mas o Super-Homem faz isso. Ele é um ideal que pode ser um homem branco ou negro, ou até uma mulher”, opinou o quadrinista.
Os quadrinistas dizem que não é simples trabalhar com a responsabilidade de levar à frente um personagem criado de forma genial e feito pelos melhores profissionais da área, como o desenhista espanhol José Luis García-López. “Todos que passam pelo Superman, seja o Christopher Reeve ou George Reeves, sempre carregarão nos ombros o peso dessa responsabilidade”, afirmou Grummet.
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