Lan Lanh faz show em São Paulo e lança disco com composições próprias e releituras
'Batuque' remonta às origens da percussionista baiana
Com 30 anos de carreira e uma coleção de composições próprias, Lan Lanh, 50, embarcou em 2017 em um novo desafio: fazer um show que fosse diferente de tudo o que já tivesse feito artisticamente e que, ao mesmo tempo, remontasse às suas origens e inspirações musicais.
Com isso surgiu Batuque da Lan Lanh, a apresentação com a qual a baiana está rodando o Brasil há aproximadamente um ano e meio. Nesta quinta (1º) ela se apresentará pela segunda vez em São Paulo, na casa Tupi or Not Tupi, na Vila Madalena.
No centro do palco, ela divide o espaço com dois músicos que tocam um violão e um cavaquinho. "Eles desfilam a melodia nos violões e eu fico solta com os meus tambores, que é coro e madeira", afirma. Segundo ela, as baquetas estão ficando cada vez mais de lado: foram praticamente substituídas pelos instrumentos tocados com as mãos.
"Tem essa atmosfera Afro Jazz, trago alguns compositores que participaram da minha formação. Esse show tanto é uma volta às minhas origens, essa base musical que tive, como esse contato com o cajón, que eu ajudei a popularizar no Brasil".
Ela diz que retoma, nas canções, seu primeiro contato com a música. "As batidas afro foram os meus pilares na Bahia. Foi ao lado da Mônica Millet [maestra baiana] que eu tive essa experiência e comecei a conhecer essa influência africana na percussão, que é muito forte no Brasil."
A concepção artística do show contou com uma ajuda especial: Nanda Costa, atriz e namorada de Lan Lanh. "Quando comecei a ensaiar, a Nanda teve um olhar muito importante por estar de fora. Ela me ajudou a construir esse conceito, a luz, o figurino", disse.
O trabalho será transformado em um álbum, que deve ser lançado nas plataformas de streaming na primeira semana de novembro. Intitulado "Batuque", o novo trabalho deve ser o mais autêntico e, nas palavras dela, "muito forte e balançado".
"Sempre digo que a cozinha da banda [onde ficam os instrumentos de percussão e o baixo] é o melhor lugar da casa [...] o álbum tem esse nome porque estou justamente com os coros, com o atabaque, o cajón e o berimbau."
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