Sucesso dos anos 1990, a música “Boquinha da Garrafa” nasceu em uma roda de samba na capital baiana, quando o grupo É o Tchan, na época ainda chamado Gera Samba, dava seus primeiros passos. Mais de 20 anos depois, ela continua a ser um dos maiores sucessos da banda, que volta a turnê ao lado da dançarina Sheila Mello. 

“O samba de roda começa no prato (e faca, como instrumentos), é uma batida mais incorporada, mais rápida, e as pessoas armam as rodas de baianos e baianas para sambar, para os desafios de brincadeiras, como é a umbigada”, conta Beto Jamaica, lembrando a primeira versão da música e a origem do axé na mistura das rodas com a cultura afro, o candomblé, entre outros. 

Convidado do programa Conversa com Bial desta sexta-feira (6), o grupo conta, ao lado de Sheila Mello, um pouco da história e algumas curiosidades da banda. Entre elas está a criação do vice-cantor dentro da banda. Como já ocorria nos anos 1990, Beto Jamaica continuar sendo o “cantor” e Compadre Washington, o “vice-cantor”. 

“Vamos dizer que, se tínhamos um repertório de 30 músicas, Beto cantava 25 e eu, 5. E as que eu tinha que cantar, esquecia a letra. Aí falava ‘ordinária’, ‘tudududupá’...”, conta o “vice” a Bial, que noticiou, na época, momentos importantes da banda, como o retorno de Carla Perez após uma cirurgia e o primeiro clipe com Sheila Mello. 

Em maio, Sheilla, que deixou o grupo em 2003, anunciou o retornou para alguns shows em comemoração pelos 20 anos do concurso que a elegeu parte do É . O anúncio foi no mesmo dia em que ela, Compadre Washington e Beto Jamaica se apresentaram na Virada Cultural de São Paulo com clássicos como “A nova loira do Tchan” e “Pegue no Bumbum”.

Também é convidado do Conversa com Bial desta sexta o ator Luís Miranda, baiano e vizinho de Washington em Barra do Jacuípe (BA), onde se encontram para “beber uma cerveja juntos”.