'Tiro já ganhou outro significado', defende Jojo Todynho sobre hit do verão
Depois do "tiro certo" de Anitta dominar as playlists há dois verões com "Bang", chegou a vez de outra carioca testar sua mira em 2018. Jojo Maronttinni, ou melhor, Jojo Todynho, está disparando nas listas das mais tocadas com um hit que gruda desde que a primeira frase sai da boca da funkeira de Bangu.
"Que Tiro Foi Esse" lidera entre as músicas virais do Brasil e do mundo no Spotify. Lançado há duas semanas, nos últimos dias de 2017, o clipe de Jojo Todynho já acumula 7 milhões de visualizações só no YouTube. Mas os vídeos que realmente estão bombando são as reações espontâneas do público, que começou a "cair misteriosamente" ao ouvir a expressão gay que batiza o funk.
O tiro de Jojo surgiu de uma gíria LGBT usada quando se é impactado por algo ou alguém. "Eu pedi para o Batata [DJ carioca e produtor dela] uma música para os gays, que são os meus amores. Só que eu não sei muitas gírias. Aí ele perguntou para um gay conhecido nosso quais eram as expressões mais conhecidas. E assim surgiu 'Que Tiro Foi Esse'", resume Jojo sobre a criação daquela que é a segunda música de sua carreira.
Moradora do Rio de Janeiro, ela garante que ainda não ouviu reclamações depois que os vídeos que as pessoas caem ao som dos tiros viralizaram. "O tiro não tem relação com a violência. Um tiro é tipo 'caraca, tá linda', ou por exemplo: 'Nossa, essa roupa tá um tiro', tipo assim, 'tá abalando'", explica. A funkeira de 20 anos acredita que as pessoas já entendem a expressão. "Hoje a palavra tiro já ganhou um outro significado sem relação com a violência."
Desde que foi marcada no vídeo de um menino caindo no shopping, que deu origem ao meme, Jojo tem compartilhado diariamente nas redes sociais os seus favoritos. Até Anitta entrou na brincadeira. Mas e a queda da própria Jojo ao som da música, quando vai aparecer? "Vou entrar nessa brincadeira, só estou esquematizando ainda como vai ser. Mas vou fazer, estou tomando coragem", garante.
Outra promessa da funkeira é que, em breve, ela vai tatuar a caixinha da bebida que usa como um de seus nomes artísticos. "Eu vou tatuar um Toddynho no braço. Só estou esperando o menino que faz as minhas tatuagens ter tempo. Ele é muito bombado lá em Bangu. Já tem agenda até 2019", conta.
Jojo promete que não vai usar a fama que ganhou depois que apareceu no clipe "Vai Malandra", de Anitta, para furar a fila. "Tem gente que está aguardando há séculos, não vou passar na frente dos outros. Não é justo."
A tatuagem não tem relação só com o apelido, Jojo diz que toma a bebida diariamente — "na minha geladeira é o que não falta" —, e espera ser notada pela marca de achocolatado para um possível patrocínio: "um sonho". O apelido surgiu por causa da personagem de Cacau Protássio no humorístico "Vai Que Cola", que brinca que peito de mulher faz Toddy.
Para evitar problemas com a marca registrada, ela adotou Todynho com um "d" só. Além disso, Jojo tem um outro sobrenome artístico que assina suas músicas, o Maronttinni. "Tirei não sei de onde. Foi um nome que eu criei porque achava que meu nome real [Jordana Gleise] ia ficar muito formal no Facebook."
Enquanto o desejado patrocínio da marca Toddynho não sai, a jovem artista aproveita seu contrato com o nicho de funk da gravadora Universal e já se prepara para brilhar ao lado de outros artistas no Carnaval e em parcerias musicais que devem garantir uma dose de Jojo Todynho pelo menos até o final do primeiro semestre.
"Entre março e abril vem uma brincadeira aí. Não posso falar ainda com quem é. Tem muito single para ser lançado. Tudo pronto, só falta o clipe". Será Jojo Todynho a grande revelação da música em 2018? "Se Deus assim me permitir. Em nome de Jesus. Vamo que vamo."
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