Sou muito fã de Felipe Andreoli, mas não vou ver o Power Couple Brasil
Associo o jornalista a esporte, reportagens internacionais, entrevistas divertidas; não a baixaria
Vamos ser sinceros? De verdade? Sem medo de cancelamento, sem hipocrisia? Todo mundo gosta de uma briga, de uma treta, até de uma baixaria aqui e ali. A maior prova disso foi o sucesso longo e consagrado de muitos programas dedicados a esse tema.
Mas tem o programa popular e tem o programa trash. E o Power Couple muitas vezes ficou no trash. Não é nem opinião, mas fato. Basta dar um Google para ver o tanto que vezes que a palavra baixaria aparece junto com Power Couple.
E, quando se fala em baixaria, você pode pensar em João Kleber, em Christina Rocha nos áureos tempos do Casos de Família. Mas você nunca associaria baixaria com Felipe Andreoli. Jamais. Você associa Andreoli com esporte, reportagens internacionais, entrevistas divertidas.
Quando Felipe Andreoli saiu da Globo fiquei intrigada. Não conseguia entender a razão pela qual ele estava abrindo mão de algo que sempre gostou e que fazia muito bem. E isso porque quando escrevi a coluna um tanto quando indignada ele ainda nem havia assinado com outra emissora. Mas assinou e vai apresentar o Power Couple ao lado de sua mulher, Rafa Brites.
Confesso que fiquei chocada quando soube e, novamente, agora que a estreia está próxima. Claro que ele e sua mulher têm todo direito de fazer o que bem entenderem com suas vidas e carreiras e imagino que juntos o casal vai fazer um belo pé de meia com o contrato, que certamente deve estar pagando um caminhão de dinheiro para o casal. Dinheiro é sempre um fator que pesa em decisões profissionais, mas será que é só isso?
Desafio profissional não parece ser. Power Couple não é exatamente um programa que exija um talento especifico dos seus apresentadores. Ou seja, Felipe não vai ter que usar todos os seus dons para comandar o reality.
Também não me parece que Felipe vá ganhar muito em relação a prestígio. Ao contrário, a atração chega a ser "queima filme". Não vejo como Andreoli possa usar seu talento como poliglota para apartar brigas. O conteúdo também não parece ser o grande atrativo. Felipe é especializado em esporte, futebol, assuntos que não têm nenhuma importância nesse tipo de formato.
Ou seja, na minha cabeça de fã, fica só a alternativa financeira. Acho compreensível que um casal pense no futuro dos filhos e aceite um contrato que compense muito financeiramente. E repito: cada um sabe de sua vida.
Eu, sei da minha: não vou acompanhar o programa. Talvez veja a estreia ou algum episódio para avaliar o desemprenho do jornalista nessa nova atividade. Mas ver tudo, não vou mesmo. Não sou fã de baixaria, mas sei que tem o seu valor como entretenimento. Só acho que para esse tipo de proposta, o ideal é ter gente que nasceu com o dom para administrar barraco e não me perece ser o dom de Andreoli.
Desejo sorte ao casal, mas vou passar na minha vez. Quem sabe eu acabe me surpreendendo com a resultado. Vou torcer para que em vez de a baixaria contaminar a imagem dos distintos apresentadores, eles consigam levar um pouco de elegância e delicadeza para o programa. O mundo está precisando.
Comentários
Ver todos os comentários