Tata, Roberto Carlos, Adnet, Caio Castro: Famosos processam e são processados
Disputas judiciais entre celebridades têm se tornado algo comum
Em 2020, quando Tata Werneck apresentou o Prêmio Multishow, ela disse que seu vestido valia tanto quanto a grade da RedeTV! e foi processada. A emissora queria R$ 50 mil por danos morais. A Justiça entendeu que não houve nem ofensa nem desrespeito, e a Rede TV perdeu a causa. Pois nessa terça-feira (7), novamente como apresentadora do evento, Tata disse que esse ano estava usando um vestido que valia mais que toda a grade da emissora, para evitar qualquer problema.
Gênia.
Se tivesse uma categoria "Melhor Revide" no Prêmio Multishow, Tatá seria a grande vencedora.
Mas não são só as emissoras de TV que processam pessoas físicas, o contrário também acontece com frequência. A Record, no mês de outubro, foi condenada a indenizar um médico em R$ 30 mil (ainda pode recorrer) e a pagar uma multa ao dublador que fez "a voz de Deus" (a emissora já recorreu).
A Band e o craque Neto também foram condenados em primeira instância a pagar uma indenização ao técnico Sampaoli, que teria sido acusado de racismo. Ainda cabem recursos das partes, mas o valor é bem mais alto, R$ 500 mil.
Os perrengues jurídicos também acontecem entre empresas prestadoras de serviço de famosos. O apresentador e ator João Vicente de Castro processou a empresa fornecedora de água por ter incluído seu nome no SPC, e o ator Guilherme Fontes entrou na justiça contra a empresa fornecedora de luz por preços abusivos.
E há ainda os muitos processos entre famosos.
Roberto Carlos moveu uma ação contra Tiririca que cantou uma paródia da música "O Portão" em sua campanha política. Roberto pedia R$ 50 mil de indenização, mas no final de outubro, o cantor perdeu a causa.
Jojo Toddynho pede R$ 50 mil de Val Marchiori por comentários gordofóbicos da socialite. Gordofobia também foi o motivo que levou o apresentador do SBT Danilo Gentili a ser condenado a pagar R$ 20 mil à deputada federal Sâmia Bomfim. Ambos ainda podem recorrer. Por falar em SBT, no ano passado Inês Brasil também entrou com processo contra Diguinho Coruja por difamação e informações falsas que Diguinho teria dito sobre ela num podcast.
O ator José de Abreu terá que pagar R$ 25 mil por danos morais ao também ator Carlos Vereza, por postagens ofensivas em suas redes sociais.
Caio Castro também entrou em disputa judicial com o influenciador Cardoso Mundo, que criticou o ator que disse, no ano passado, que não pagava a conta nos encontros com mulheres. O caso se arrastou até junho desse ano, a favor de Caio. O réu foi condenado a se retratar, pagar R$ 12 mil de indenização e mais as custas do processo.
A apresentadora Patricia Poeta perdeu um processo que movia contra o jornalista Alessandro Lo-Bianco por "difamação e crimes contra sua honra".
Alguns casos podem levar anos até um desfecho, como no caso de Dani Calabresa e Bento Ribeiro, que fizeram comentários homofóbicos sobre o colunista Marcelo Bandeira no ano de 2011, no Furo MTV. Marcelo só entrou com o processo três anos depois, em 2014, pedindo R$ 272.500 por danos morais. Pois só em outubro desse ano o caso foi concluído, 12 anos depois, com Dani e Bento sendo condenados a pagar R$ 15 mil a Marcelo por todo transtorno causado.
De tudo isso, fica a lição a ser aprendida. Todos têm direito à livre expressão, garantida pela lei. Mas quem usa essa liberdade para ofender ou caluniar outra pessoa, pela mesma lei, pode acabar pagando bem mais do que a língua.
Comentários
Ver todos os comentários