"CQC" sugere que FHC case com Dilma; "Ela não merece", brinca ex-presidente
Ontem foi a vez de Mônica Iozzi sentar-se ao lado de Marcelo Tas e Marco Luque na bancada do "CQC" (Band). Mônica saiu-se bem. Rafinha Bastos compunha melhor a mesa.
Nem vou entrar no mérito ou demérito das eventuais piadas de mau gosto que o ator tenha feito, e realmente o fez. Afora esta questão, já exaustiva e controversamente discutida, a ausência de Rafinha Bastos na bancada do CQC é uma sensível perda para o programa.
Toda a empáfia e a assumida arrogância do jornalista, quando muito inteligentemente utilizadas por ele para ironizar alguma situação, ou até mesmo debochar na medida exata do humor, sem escambar para o escárnio puro e simples, tornava a sua presença marcante e fundamental para compor o trio que comanda o programa.
Quero dizer com isso que a 'persona' dos três apresentadores me pareciam positivamente complementares. A molecagem de Marco Luque com a maestria de Marcelo Tas e o atrevimento de Rafinha Bastos formavam uma química equilibrada, muito funcional para o estilo do CQC.
Oscar Filho é quem está apresentando o quadro "Proteste Já", anteriormente apresentado por Rafinha. Oscar Filho está bem, mas pegou uma batata quente na mão. O quadro tem a cara do Rafinha Bastos. Necessita da audácia, do enfrentamento e do "cara chato" que ele fazia junto às situações difíceis retratadas no mesmo. Rafinha fazia cobranças que causavam visível constrangimento nos "maus políticos" - como parece ser o propósito do quadro. Oscar Filho é naturalmente mais maneiro. Até no 'tamanho' Rafinha intimidava!
Nada contra Oscar Filho nem contra Mônica Iozzi, que chegou a fazer uma espécie de oração, parodiando uma menina no "Domingo Legal", e pediu para que Marcelo Tas a efetivasse na cadeira que pertencia a Rafinha Bastos. É só uma questão de justiça e saber separar as coisas. O cara era muito bom na sua função e o seu afastamento deixou uma lacuna. Pisou na bola. Pisou. Não seria por isso que todo o seu trabalho anterior, e futuro, deva ser desprestigiado.
Iozzi, em compensação, esteve brilhante na captura de votos para o 'troféu picareta". Quase que por unanimidade, a vencedora foi a deputada federal Jaqueline Roriz, por motivos que não é de minha alçada esmiuçar. Mônica foi, com a cara e a coragem, entregar o troféu (uma picareta de verdade) para a deputada em seu gabinete. Ela não se encontrava. A secretária, contrariada, pediu que Mônica o levasse de volta e entregasse em mãos assim que possível. A jornalista deixou o 'troféu' no sofá da sala de espera do gabinete da deputada.
Enquanto isso, Felipe Andreoli fez uma simpática entrevista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, aproveitando o lançamento do DVD do filme documentário "Quebrando o Tabu" --no qual o ex-presidente defende a descriminalização da maconha.
"A presidente Dilma está só, o senhor é um viúvo bom partido, não haveria a possibilidade de formar um belo casal?", perguntou Andreoli como quem nada quer. "Não", respondeu objetivamente FHC. "A Dilma não merece isto".
Rafael Cortez foi acompanhar a entrega do Troféu Raça Negra 2011, cujo maior homenageado foi o cantor Jair Rodrigues. Sempre articulado, foi também à festa do Prêmio Contigo de Teatro. Parou na frente da atriz Lilia Cabral e pediu que ela assistisse alguns minutos de um texto que ele queria fazer para que ela desse o seu parecer sobre a sua atuação. Lilia ficou olhando dentro dos seus olhos, quieta. Quando ele terminou, a atriz, com cara de "dó", declarou: "Sem comentários". E se foi.
Danilo Gentili foi a uma coletiva de imprensa, aonde estava, entre outros, o jogador Neymar. Talvez por já ter o seu próprio programa (Agora é Tarde - Band), Gentili arrriscou sem medo, no final de sua participação - já que o assunto era a pensão milionária para o filho do craque do Santos: "faz um filho em mim, Neymar"!
Não há dúvida que o CQC continua um programa interessante e especial no seu gênero. Mas que o 'gaudério' faz falta lá, isso faz!
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