Léo Batista tinha 'contrato vitalício' e era funcionário mais antigo da Globo
Apresentador, que morreu neste domingo (19) aos 92 anos, era único no esporte da empresa com honraria; foram quase 56 anos da TV da família Marinho
Léo Batista, que morreu neste domingo (19) aos 92 anos por complicações de um tumor no pâncreas, era um caso único no esporte da Globo. O apresentador era de um grupo especial da empresa, chamado de "contratados sêniors", aqueles que seguem contratados por terem feito muita história.
Ou seja, Léo Batista tinha um "contrato vitalício" com a empresa. A Globo, inclusive, deu todo apoio para a família de Léo durante os últimos dias. Ela optou pelo silêncio sobre sua internação, a pedido da família, que só se pronunciou após o vazamento de informações.
Na Globo, os acordos vitalícios são maiores no entretenimento, principalmente com atores e atrizes. É o caso de Rosamaria Murtinho, Carlos Vereza, Susana Vieira, entre outros. No jornalismo, Sergio Chapelin e Cid Moreira, até sua morte no ano passado, também possuíam esse privilégio para poucos.
Léo Batista era o único no esporte que tinha essa decisão tomada pela direção. Até o fim do ano passado, Léo tinha quadros no Globo Esporte e seguia ativo no trabalho na empresa.
Mesmo com a decisão da Globo de jamais dispensá-lo, Léo Batista seguia indo ao trabalho, com medo de perder o seu posto, o que era uma inspiração para colegas.
Com a morte de Cid Moreira em 2024, Léo Batista era o funcionário mais antigo da Globo. Chegou na empresa em 1969 e ajudou na cobertura da Copa do Mundo de 1970.
Na emissora, Leo também inaugurou o Jornal Hoje, em 1971, foi um dos criadores, em 1978, do Globo Esporte. e participou do Globo Rural logo em sua criação, no início dos anos 1980.
Entre os anos 1970 e 1990, era apresentador eventual do Jornal Nacional, onde substituía seus titulares sempre que um deles precisava se ausentar. Junto a isso, também foi locutor das transmissões do Carnaval do Rio de Janeiro entre os anos 1980 e 1990.
Até 2019, sua voz era ouvida nas noites de quartas-feiras, nos intervalos dos jogos brasileiros, sempre anunciado com o apelido que lhe fez fama: a voz marcante.
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