Galvão Bueno grava último especial na Globo antes de deixar emissora após 43 anos
Especial vai ao ar em 12 de dezembro e terá participação do maestro João Carlos Martins
O apresentador Galvão Bueno gravou na última sexta (15) seu último trabalho na Globo: um especial de fim de ano, com o seu nome, que vai ar no próximo mês de dezembro.
As gravações aconteceram em São Paulo. Segundo apurou a coluna, as gravações tiveram a participação do maestro João Carlos Martins, além da presença de atletas olímpicos e paraolímpicos.
Galvão fará um resumo do ano esportivo e fará uma espécie de despedida oficial dos telespectadores na Globo. Os detalhes são mantidos em sigilo pela empresa.
A exibição está prevista para o dia 12 de dezembro, uma quinta-feira. Não será a última aparição de Galvão na Globo, já que o reality Craque da Voz, que busca um narrador novo para a empresa, fica no ar até janeiro.
A partir de janeiro, Galvão retoma os investimentos em seu canal no YouTube. Por causa da Globo, ele havia cessado um planejamento que tinha para fazê-lo crescer. Em 2023, o narrador chegou a transmitir um jogo ao vivo da seleção brasileira que marcou alta audiência e incomodou a empresa.
Agora, Galvão pretende voltar a ir atrás de direitos de transmissão de vários eventos e tem o planejamento de voltar a narrar. Seu canal também mudará de nome, passando a levar seu nome próprio e deixando a nomenclatura Canal GB.
Seu projeto no digital é tocado pela Play9, empresa gerida pelo youtuber Felipe Neto em parceria com João Pedro Paes Leme, ex-executivo esportivo da Globo. Além do fim do acordo na parte artística, Galvão também deixará de ser agenciado pela Globo no mercado publicitário.
A TRAJETÓRIA DE GALVÃO BUENO NA GLOBO
Galvão começou a trabalhar na Globo em 1981, após fazer sucesso como a voz da Fórmula 1 na Band em 1980. Seu primeiro trabalho na emissora foi a narração do jogo entre Jorge Wiltersmann (BOL) e Flamengo pela Libertadores daquele ano. Cobriu as Copas do Mundo de 1982 e 1986 como segundo narrador. Também fez os Jogos Olímpicos de 1984.
Assumiu a titularidade de narração na emissora em 1987 e comandou a equipe na Copa de 1990. Em 1992, houve uma saída de dez meses para a extinta Rede OM (1982-1993), após ser convidado para ser diretor de Esportes. Naquele ano, foi o responsável por mudar a Libertadores de patamar na TV brasileira, com a exibição do primeiro título continental do São Paulo.
Após divergências com a Rede OM, retornou à Globo no início de 1993. Fez as Copas de 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018. Foi a voz do tetra e do pentacampeonato da seleção brasileira. Esteve também nas Olimpíadas de 1996, 2000, 2004, 2008, 2012, 2016 e 2021.
Sua última Copa do Mundo foi em 2022, no Catar. Desde então, passou a ter contrato com a área de entretenimento da emissora. Teve um quadro no É de Casa e fez parte da equipe que cobriu os Jogos Olímpicos de Paris em julho.
Comentários
Ver todos os comentários