Oscar 2023 ignorou Pelé na galeria de homenagens aos mortos
Rei contracenou com Sylvester Stallone e Michael Caine, brilhou em Cannes e levou 3,6 milhões aos cinemas
Pelé não foi astro do cinema, mas foi astro mundial e marcou esta condição também pelo cinema. Seu nome, no entanto, foi ignorado pela galeria de homenagens da cerimônia do Oscar que lembra os talentos mortos no ano anterior com passagens relevantes pelas telonas.
A ausência do Rei naquela lista repercutiu entre as queixas da grande plateia brasileira da transmissão da premiação no Twitter, na noite deste domingo (12). Edson Arantes do Nascimento é nome presente inclusive no site criado pela Academia de Hollywood.
Pelé contracenou com Sylvester Stallone e Michael Caine em "Fuga para a Vitória" (1981), longa-metragem dirigido por John Huston, com a presença do esportista no lançamento no Festival de Cannes.
Ainda em 1962, ano do bicampeonato mundial de futebol, Pelé participou do filme "O Rei Pelé", que conta sua vitoriosa e precoce trajetória aos 22 anos.
Poderíamos enumerar outras atuações no cinema brasileiro, incluindo "Os Trapalhões e o Rei do Futebol" (1986), que levou 3,6 milhões aos cinemas, e os documentários "Pelé Eterno" e "Isto é Pelé", que são produções de menor alcance, mas a fita com Stallone e a fama planetária de quem foi reverenciado como o maior jogador de todos os tempos lhe garantiriam presença honrosa nas lembranças do Oscar.
Sua morte ocorreu no dia 29 de dezembro, em decorrência de um câncer de cólon, aos 82 anos, em São Paulo.
Nas repercussões ao redor do mundo, outra ausência foi ainda mais sentida na galeria "In Memorium", por ter filme concorrendo a indicações. Foi a atriz Charlbi Dean, a Yaya de "Triângulo da Tristeza", que morreu em agosto passado, de sepse, aos 32 anos.
Em tempo: o filme "Tudo ao Mesmo Lugar Ao Mesmo Tempo" levou sete das onze indicações deste Oscar, inclusive de melhor filme e melhor atriz para Michelle Yeoh.
Já Brendan Fraser confirmou seu favoritismo como melhor ator por "A Baleia" e derrotou Austin Butler, que foi Elvis Presley em "Elvis".
O argentino "1985" foi derrotado por "Nada de Novo no Front", produção alemã que levou quatro estatuetas: filme estrangeiro, fotografia, design de produção e trilha sonora.
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