A ESPN foi o canal esportivo que mais cresceu no Brasil em 2022, com um salto de 59% a mais de audiência em relação ao ano anterior. Isso não significa ainda que ocupe uma posição próxima do SporTV, que, com Copa do Mundo, passou a ser a emissora paga de maior audiência do ano.

Segundo dados do Kantar Ibope Media, no ranking geral dos canais pagos, a ESPN ficou no Top 10 dos mais assistidos, com a 7ª posição. É o melhor resultado de sua história em posicionamento e o melhor ano em audiência da ESPN desde 2014, com destaques para os meses de março, maio e agosto, período dos playoffs da NBA 21/22, momentos decisivos da Copa Libertadores e retorno das principais ligas de futebol europeu.

Dentro da programação, duas atrações tiveram destaque especial: o Linha de Passe e o ESPN FC, com forte crescimento em relação ao ano anterior.

O grande destaque de 2022 fica para a partida entre Vélez e Flamengo, válida pelas semifinais da Copa Libertadores, que se tornou a mais assistida do canal no ano. O confronto também conquistou a segunda maior audiência da história da Libertadores (ESPN e FOX Sports), alcançando mais de 2 milhões de pessoas durante a transmissão. O resultado fez com que o canal liderasse o ranking da TV por assinatura superando em 1027% o segundo colocado, durante a exibição da partida.

Em comunhão com a plataforma de streaming Star+, também do Grupo Disney, a ESPN detém hoje os direitos de transmissão da Premier League, LaLiga, Ligue 1 e Serie A, além de marcas como NBA, NFL e NHL.

E embora não tenha tido os direitos de transmissão da Copa do Mundo, sob a alegação de que os custos não compensam os lucros para o canal, o evento no Qatar foi bem aproveitado pelas mesas do canal, que chegou a dedicar 19 horas de programação ao vivo para acompanhar a saga da Seleção Brasileira no mundial, além de todos os detalhes do histórico título argentino.

Já Star+ teve os direitos exclusivos no streaming brasileiro para os highlights da competição no Qatar.

Zapping - Cristina Padiglione

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Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).