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Zapping - Cristina Padiglione

Copa do Mundo alcançou 165 milhões na Globo e mais de 40 milhões no SporTV

Evento foi mais visto por mulheres do que homens, e alavancou em 27% a audiência diária da Globo

Despedida do Galvão Bueno - Galvão Bueno se emociona em despedida da Copa do Mundo no Qatar - Globoplay
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São Paulo

Mulheres são maioria --na vida e também diante da TV. Mas essa lógica costuma ter como exceção a programação esportiva, especialmente o futebol. E não é que elas foram maioria agora na plateia da Copa do Qatar? Segundo dados recebidos pela Globo da Kantar Ibope Media, as transmissões do mundial pela Globo atingiram mais de 165 milhões de pessoas.

Desses, sabe-se que mais de 77 milhões são homens e mais de 85 milhões são mulheres, lembrando que esta foi a primeira Copa com a presença de narradoras e comentaristas femininas nas transmissões da emissora.

Pelo menos no que diz respeito à plateia brasileira, foi uma boa inversão de gêneros em relação ao público presencial em Doha, majoritariamente masculino, até pela discriminação sofrida pelas mulheres naquele país.

Do total de 165 milhões que passaram pela Globo, mais de 44 milhões eram de jovens de até 24 anos.

SPORTV ULTRAPASSA VIVA

Com mais de 300 horas de transmissão, a Copa do Mundo deu ao SporTV, apenas em função de um mês, a liderança da TV por assinatura no acumulado do ano, revertendo um quadro que atribuía essa posição ao canal Viva. Até o mundial começar, o SporTV estava em 3º lugar no ranking da TV paga, atrás também da GloboNews, que ocupava a vice-liderança no segmento.

Durante toda a Copa, o SporTV liderou com o triplo de audiência do segundo colocado (Viva).

Foram 18 horas diárias ao vivo com programas especiais e transmissão de todos os jogos, alcançando mais de 40 milhões de pessoas. Isso representou 17% de toda a audiência da TV paga e 87% de participação entre os canais esportivos. Já no Globoplay + Canais ao vivo, o SporTV foi responsável por cerca de 80% do consumo dos canais ao vivo.

Em dias de jogos da seleção brasileira (24/11, 28/11 e 9/12), o SporTV marcou três das 12 maiores audiências históricas (desde 2014) de um canal por assinatura. Os cinco jogos do Brasil.

O BOLO DA TV ABERTA

Na Globo, mais de 165 milhões de pessoas se conectam com a última Copa narrada por Galvão Bueno, que somou mais de 135 horas de transmissão em 29 dias.

Mais de 500 profissionais estiveram envolvidos nas transmissões do evento pela Globo, que viu sua audiência diária crescer 27%, em média. O destaque fica com a faixa da tarde, que concentrou a maior parte dos jogos, com o crescimento de 62% (8 pontos a mais) em comparação ao período anterior à Copa.

OS CAMPEÕES DE AUDIÊNCIA

A Copa roubou de "Pantanal" e das eleições os maiores êxitos do ano. São do mundial do Qatar as 10 maiores médias diárias (7h à meia-noite) da TV Globo em 2022.

As cinco partidas da seleção brasileira fazem o TOP 5 da lista dos jogos de maior audiência, com uma média de 70 milhões de pessoas assistindo a cada jogo e uma participação de 80% da audiência das TVs ligadas no horário de exibição. Ou seja, 8 em cada 10 domicílios com TV ligada estavam sintonizados na Globo em uma só torcida.

A partida de maior audiência da Copa foi contra a Coreia do Sul, pelas oitavas de final, que fez 54 pontos, a melhor audiência em 16 anos da faixa horária, desde a junho de 2006 (Copa da Alemanha); enquanto a de maior crescimento foi a da disputa das quartas de final contra a Croácia, que mais que quadruplicou a audiência da TV Globo.

Isso explica por que a Globo é mais ufanista que os torcedores mais fervorosos e por que seus profissionais só criticam de fato a seleção brasileira depois das eliminações, como acontece em todas as Copas em que o Brasil é eliminado. Se Tite e seus meninos tivessem ficado em campo por mais tempo, isso representaria um ganho ainda maior de audiência --e portanto de anunciantes-- para a Globo.

No top 10 entre as partidas, estão ainda duas partidas da Argentina: a final contra a França e o duelo diante dos mexicanos, que manteve o time liderado por Lionel Messi com chances de classificação na fase de grupos.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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