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Zapping - Cristina Padiglione

Globo exibe 'Marighella' na TV aberta nos primeiros dias de Lula

Filme de Wagner Moura protagonizado por Seu Jorge é um dos longas da Globo Filmes que vão ao ar em formato de minissérie

Wagner Moura, Seu Jorge e Adrian Teijido no set de 'Marighella' - Ariela Bueno/ Divulgação
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São Paulo

Filme que sofreu uma série de entraves extras da Ancine --Agência Nacional de Cinema-- para ter sua estreia liberada no circuito nacional de cinema durante o governo Bolsonaro, "Marighella" será visto pela primeira vez na TV aberta ainda no primeiro mês do governo Lula.

Não que a Globo deva satisfação ao governo vigente, mas não deixa de ser uma boa coincidência.

O primeiro longa-metragem dirigido por Wagner Moura irá ao ar em formato de minissérie, de 16 a 19 de janeiro, logo após o BBB23, que estreia no dia 16 mesmo.

Seu Jorge protagoniza a trajetória do guerrilheiro de esquerda no filme baseado no livro do jornalista Mário Magalhães. Bruno Gagliasso faz o antagonista, um genérico de delegado Fleury, com requintes de torturador. E Adriana Esteves vive Clara, mulher de Marighella.

O elenco conta ainda com Humberto Carrão, Luiz Carlos Vasconcelos e Herson Capri, entre outros.

"Marighella" é um dos quatro filmes que a Globo exibirá fatiado em formato de minissérie, todos com selo da casa, Globo Filmes. O primeiro é "O Auto da Boa Mentira", de José Eduardo Belmonte, baseado em contos de Ariano Suassuna, que na Globo será rebatizado pelo infeliz título "Histórias Quase Verdadeiras".

Os gênios do marketing supõem que "mentira" seja uma palavra negativa e optaram pelo eufemismo que nem cai bem no universo de Suassuna. Penso que "O Auto da Boa Mentira" remete naturalmente a "O Auto da Compadecida", um sucesso imenso da TV e do cinema, especialmente porque tudo nesse balaio é Suassuna.

Transformar "O Auto da Boa Mentira" em "Histórias Quase Verdadeiras" me remete às folclóricas escolhas de tradução que o SBT costumava fazer para filmes estrangeiros nos tempos em que as distribuidoras internacionais eram menos organizadas nesse quesito. Reza a lenda que Roberto Manzoni, o Magrão, ex-diretor da rede de Silvio Santos, queria rebatizar "Ben-Hur" como "O Charreteiro do Rei".

Já "Histórias Quase Verdadeiras" vai ao ar na tela da Globo logo na primeira semana de janeiro, dias 2, 3, 5 e 6, com Renato Goes, Jesuíta Barbosa, Nanda Costa, Luís Miranda, Leandro Hassum, Zezé Polessa, Silvio Guindane, Jackson Antunes e Letícia Isnard, entre outros.

De Rosana Svartman, uma craque em novelas das sete, com base na obra de Maria Clara Machado, "Pluft – O Fantasminha" entrará no ar nos dias 8, 15 e 22, após a Temperatura Máxima.

E com cinco episódios, a minissérie derivada do documentário "8 Presidentes e 1 Juramento – A História de um Tempo Presente ", de Carla Camurati, será apresentado ao público da TV aberta a partir do dia 2, no dia seguinte à posse de Lula, às 23h25, logo após "This Is Us". A produção chegará à Globo com um episódio extra, recém produzido, atualizando dados sobre o governo Bolsonaro.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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