Globo sai do Emmy 2022 sem troféus, mas defende democracia e diversidade na tela
Finalista a melhor atriz, Letícia Colin brilhou em eventos que celebraram os indicados
Os representantes da Globo que foram a Nova York para a cerimônia do 50º International Emmy Awards só não saíram de mãos abanando porque os finalistas ao prêmio são contemplados com uma medalha pelas indicações em questão. Troféu, de fato, não veio nenhum. Acontece.
De todos os concorrentes que o Grupo Globo enfrentou --novela ("Nos Tempos do Imperador"), documentário ("Caso Evandro") e atriz (Letícia Colin por "Onde Está o Meu Coração")--, digo que nem vi Lou de Laâge, vencedora ma categoria de atriz pela produção francesa "Le Bal des Folles", mas já protesto por Letícia Colin ter sido preterida.
De todos os finalistas da vez, Colin foi, neste ano, a indicação mais merecida da lista brasileira. A atriz, que atualmente hipnotiza a audiência do GloboPlay como a malvada Vanessa da novela "Todas as Flores", brilhou em belos figurinos nos vários eventos programados para os indicados, todos de fora dos Estados Unidos.
Na categoria telenovela, "Nos Tempos do Imperador", de Thereza Falcão e Alessandro Marson, perdeu para a sul-coreana "YeonMo" ["The King’s Affection", uma coprodução da Netflix naquele país.
Um dos anfitriões da cerimônia de premiação, na noite desta segunda-feira, 21, o diretor da TV Globo e Afiliadas, Amauri Soares, fez discurso em prol da diversidade que só os regimes democráticos promovem.
Disse que se sentia especialmente honrado de fazer o discurso dos 50 anos do Emmy Internacional no mesmo ano em que ele completa 35 anos de carreira na TV, e falou do trabalho ao longo dos anos na Globo: "Tive o privilégio de trabalhar com o nosso fundador, Roberto Marinho. Depois, com os filhos dele, Roberto Irineu e João Roberto, e agora, com o neto, Paulo Marinho. Paulo, assim como seu avô, acredita fortemente na televisão como ferramenta para mudar a realidade, empoderar as pessoas e construir uma sociedade melhor no Brasil."
Amauri finalizou: "Daqui a 50 anos, a comunidade televisiva mundial se reunirá aqui em Nova York para comemorar o primeiro século do International Emmy Awards. Não temos ideia de quais tecnologias serão usadas para fazer televisão, mas de uma coisa eu sei: a televisão seguirá contando histórias onde a democracia, a diversidade e a justiça prevalecerão."
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