Antônio Fagundes fala sobre saída da Globo e o silêncio de seu voto
Ator volta à TV como D. João 6º em série sobre a Independência: 'A história é do povo, não de um governo', diz a Marcelo Tas
Intérprete de D. João 6º em seu primeiro trabalho na TV após deixar um contrato de mais de 40 anos com a Globo, Antonio Fagundes, 73 anos, visitou Marcelo Tas no estúdio do #Provoca, da mesma TV Cultura onde estreia "Independências", minissérie estrelada por ele.
A conversa, que passeia por política, cinema, TV e teatro, vai ao ar no dia 6 de setembro, véspera da estreia da nova produção, que também marca a volta do diretor Luiz Fernando Carvalho à TV em sua primeira obra após a saída da Globo.
Para Fagundes, o atual momento da emissora dos Marinhos, que vem trocando o modelo de longos contratos de exclusividade por acordos feitos por obra certa, pode representar uma fragilidade para a TV aberta, que pode até desaparecer, sem garantir o futuro do streaming, alvo das maiores apostas no momento, mas expostos à forte concorrência estrangeira.
O ator, no entanto, diz que vem gostando da vida fora da Globo.
Quando Tas lhe pergunta se o nome "Independências" seria uma provocação, ele comenta: "A história é do povo e não de um governo, não é de ninguém". A ideia da produção é justamente jogar luz sobre personagens e aspectos mal retratados nos livros de história.
Fagundes fala também sobre a diferença entre paixão e amor, e conta como é trabalhar com as ex-mulheres e a atual. "Quando o amor termina, a amizade não precisa terminar", diz.
Por fim, Tas lhe pergunta por que ele não faz mais campanha política. "Deixei de me engajar partidariamente. Eu já fui muito usado em campanha e depois que ajudei a colocar a pessoa lá, não sou mais ouvido", explica o ator, que chegou a vestir a camisa do PT há mais de 30 anos, mas desde então, não declara mais em quem vota.
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