Casagrande quer reunir indígenas, artistas e atletas em evento de futebol
Ações pretendem dar visibilidade a bandeiras de povos originários em terras indígenas
Dar visibilidade a bandeiras indígenas, suas questões e problemas tem sido uma proposta abraçada com atenção por Walter Casagrande já há algum tempo --bem antes, aliás, dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.
Como anunciou em uma edição do Altas Horas exibida em 21 de maio, o comentarista esportivo e ex-jogador de futebol já vinha se reunindo com lideranças indígenas para pensar em ações capazes de reverberar a voz de povos originários junto à opinião nacional.
O ponto de partida será justamente o futebol, arte que ele domina em campo e por trás das câmeras. Além disso, campos de futebol são comumente usados como analogia para descrever os danos a reservas naturais e à demarcação de terras indígenas.
Casagrande pretende reunir representantes de povos originários, artistas e ex-atletas em torno de uma bola e duas traves, sem distinção de gênero.
O local que abrigará o evento será em área desmatada de terras indígenas, em fase de acerto final, com transmissão de TV a ser definida. Após a partida, a ideia é promover uma ação de reflorestamento no espaço que serviu como campo do jogo.
A violência contra indígenas tem crescido exponencialmente diante do enfraquecimento da Funai e do afrouxamento de toda a política de fiscalização operada pelo atual governo, facilitando a ação do garimpo, do narcotráfico e de grileiros de toda ordem.
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