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Zapping - Cristina Padiglione

Conheça as personagens de Marisa Orth e Duda Brack em 'Além da Ilusão'

Atrizes serão vedetes do teatro de revista que colocarão personagens em apuros

Iolanda ( Duda Brack ) e Margô ( Marisa Orth ) - Fabio Rocha/Globo
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Campinas

Marisa Orth e Duda Brack reforçam o elenco de "Além da Ilusão" a partir desta quinta-feira (14). As atrizes vão interpretar as vedetes do teatro de revista Margô e Iolanda, abrindo as cortinas para um novo núcleo na trama.

Divertida e espalhafatosa, Iolanda Flores (Duda Brack) teve um breve romance no passado com o administrador Rafael (Fabrício Belsoff) e sustenta um filho pequeno, fruto de uma relação com um artista de circo tão desafortunado quanto ela.

Interesseira, ela se aliará a Joaquim (Danilo Mesquita) e se tornará amante do vilão, ao mesmo tempo em que chantageia Davi (Rafael Vitti) para não contar a todos que ele não é o verdadeiro Rafael.

Vedete veterana do teatro de revista, Margô Gauthier (Marisa Orth) é uma mulher prática e decidida que finge ser francesa para fazer tipo, mas seu nome verdadeiro é Margarida. Na trama, é mentora de Iolanda (Duda Brack), a quem acolhe em sua juventude.

O que pensam as atrizes

É unanimidade entre a dupla que suas personagens são sobreviventes. "Iolanda está à margem do modelo de mulher da sociedade da época: mãe solo nos anos 1940, artista, vedete do teatro de revista que saiu de casa muito cedo para se jogar nas estradas e acreditar no sonho de fazer arte, e teve que lidar muito cedo com a realidade do que era o mundo para uma mulher naquela época", explica Duda Brack.

Segundo ela, as vilanias são fruto da malícia aprendida pela personagem para lidar com a fome e a escassez financeira. Apesar disso, a atriz destaca a complexidade de Iolanda: É uma mulher visceral, sonhadora, idealista e forte, mas também tem seu lado frágil, com uma carência e solidão enormes".

Em sua estreia como atriz de novela, ela diz ter se inspirado em mulheres fortes, contraventoras de suas épocas, como Penélope Cruz, Betty Boop, Carmen Miranda, Luz del Fuego, Bibi Ferreira, Hebe e Marilyn Monroe. "A gente puxa uma coisa de cada lugar, vai tecendo uma colcha de retalhos", explica, afirmando ter somado também dores de sua história e das mulheres de sua família.

A atriz foi convidada para interpretar Iolanda ao ser assistida pelo produtor de elenco Fábio Zambroni no único show presencial que ela apresentou durante a pandemia, já no fim de 2020, com público reduzido e distanciamento social.

"Nessa época da minha vida, eu tive algumas experiências de sincronicidade; veio para mim uma relação muito forte com esse nome Iolanda. Então, ele me chamou para o teste, a personagem era Iolanda e tinha tudo a ver comigo", revela.​ "Eu quero que o Brasil se apaixone por ela, apesar dos pesares", acrescenta.

Sobre a relação com a vedete veterana, Duda diz que sua personagem a tem como um farol. "A admiração que a Iolanda tem pela Margô é algo que eu já tenho pela Marisa, e isso é meio caminho andado. E a Marisa já me conhecia e me acolheu, ficou feliz que era comigo, e isso nos aproximou muito; ela se tornou uma espécie de madrinha para mim, como atriz, e a gente troca muito sobre música e sobre a vida", conta.

Já para Marisa Orth, Margô também é uma sobrevivente. "Numa época em que mulheres só podiam ser casadas e quando artistas eram vistas como prostitutas, ela constrói seu jeito de viver se utilizando de alguns recursos não muito lícitos", explica.

A atriz teve acesso a registros de vedetes que viveram no Brasil nos anos 1940, e diz ter se inspirado nessas artistas para construir a personagem. Marisa conta ainda que o sotaque de Margô tem influência de amigas francesas que moravam no Brasil, e a personagem é como uma madrinha para Iolanda.

"Há uma relação maternal. Porém, em alguns momentos, Margô não se furta de utilizar Iolanda e seu filho bebê, Toninho, para conseguir o que quer", apresenta. "Estou muito entusiasmada para participar dessa novela que já é um sucesso! Tem números de palco lindos. Figurinos incríveis. É só meu lado estará a Duda Brack, cantora compositora, muito jovem, estreando nas novelas", diz.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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