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Zapping - Cristina Padiglione
Descrição de chapéu Três Perguntas Para...

Day Mesquita dá um tempo na tela da Record e grava nova série

Atriz fala sobre sua construção pessoal e profissional na seção 'Três Perguntas Para'

Atriz e bailarina Day Mesquita participa do 'Três Perguntas Para..."
Atriz e bailarina Day Mesquita participa do 'Três Perguntas Para..." - LUIZCLAS
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Day Mesquita, 36, acaba de encerrar as gravações de seu novo trabalho, a minissérie "Tudo de Bom". Esse é o primeiro seriado da atriz em anos --ela tem emendado uma novela na outra na Record. O título ainda vem sendo negociado com empresas de streaming.

Na trama da minissérie, que se desenvolve nos anos 1980, ela é a ex-vedete Simone Mantovani, casada com o compositor musical Tony Mantovani, personagem de Alexandre Slaviero. A história começa quando Simone pede o divórcio ao marido.

A artista foi a única não global a ser indicada ao Prêmio F5 de Melhor Atriz de Novela por seu papel como Poderosa em "Amor Sem Igual" (Record). Embora não tenha levado o título, que ficou com Adriana Esteves por "Amor de Mãe", Day Mesquita afirma se sentir honrada por ter sido colocada ao lado de atrizes que admira.

No ano passado, ela levou o Prêmio Contigo para casa com a mesma novela da Record, que se estendeu entre 2020 e 2021 porque teve suas gravações pausadas devido à pandemia de Covid-19. À época, Day concorria com Adriana Esteves e Glória Pires.

A atriz é a entrevistada da semana na seção da coluna, "Três Perguntas Para...", que já conversou com Rafael Cortez, Claudia Raia e Helio de La Penã. Confira:

Você acredita que seu papel como Poderosa, em "Amor Sem Igual", a levou a outro patamar como atriz? Por quê?

Com certeza. A Poderosa era maravilhosa! Ela me permitiu passear por diversos lugares como atriz e mostrar meu trabalho de uma forma diferente de tudo o que tinha feito até então, com o drama dela que era bem difícil, mas com leveza, com humor... Foi especial para mim por ter vivido esse processo que foi super gostoso e leve, e mais ainda por ter recebido e continuar recebendo ainda o retorno do público sempre com palavras de carinho para comigo e com a personagem.

Em "Cheias de Charme" você era uma advogada meiga, divertida e inteligente. O que você mudaria na Stela, considerando apenas seu amadurecimento e crescimento como atriz?

Eu acredito que o meu amadurecimento e crescimento como atriz está muito ligado ao meu amadurecimento e crescimento como pessoa. Como atriz, estou sempre em busca de autoconhecimento, através da minha vida e também através das minhas personagens, e isso vai trazendo mais segurança e confiança no caminho.

"Cheias de Charme" foi meu primeiro trabalho na Globo e eu entrei com a novela já acontecendo há algum tempo e sendo uma das maiores audiências da Globo, foi bem desafiador para mim, era uma responsabilidade e ao mesmo tempo uma grande oportunidade. Já tinha feito duas novelas, sendo uma delas uma protagonista (no SBT), mas sendo meu primeiro trabalho na Globo, contracenando com atores e atrizes que eu cresci assistindo, tinha um certa insegurança, um medo de errar, de não estar fazendo o meu melhor.

Esse receio, claro, ainda existe em todos os trabalhos que faço, mas o amadurecimento me trouxe mais entendimento de que cada trabalho é uma nova oportunidade de evolução; e entender, respeitar e aceitar o que eu tenho para dar naquele momento como sendo o melhor possível é a forma que eu tenho buscado ver as coisas.

Sempre fui muito crítica comigo mesma e tentar ver mais meus trabalhos dessa forma deixa as coisas mais leves e isso tem sido muito importante para mim. Então, acho que se eu pudesse mudar algo no meu trabalho como atriz na Stela seria isso, me cobrar menos e curtir mais cada momento e cada cena.

Qual foi o papel do balé no seu desenvolvimento profissional? Acredita que ter dado aulas para crianças impactou sua forma de ver o mundo?

Foi fundamental! [O balé] Foi meu primeiro contato com o palco e o balé me deu minhas primeiras oportunidades como atriz. O primeiro comercial que fiz precisava saber dançar, e minha primeira novela, "Dance Dance Dance" na Band, era uma novela musical, na qual dei a vida a antagonista Amanda, que era uma bailarina clássica e tinha que dançar muito durante toda a história.

Fora isso, o balé também trouxe uma disciplina, uma persistência em tentar alcançar um melhor desenvolvimento em movimentos específicos, e isso tudo desde os 7 anos de idade, quando comecei as aulas de balé. Então, sem dúvidas, isso me fez ser uma profissional já com uma base de busca de aperfeiçoamento e disciplina muito fortes, que eu levei para as artes cênicas.

Minha primeira profissão, meu primeiro trabalho, foi como professora de balé em escolas infantis, aos 13 anos, logo depois comecei a dar aulas também em uma escola como voluntária. Nesse tempo em que dei aulas para crianças e pré-adolescentes, era transformador ver a motivação e a mudança em termos de timidez e segurança de algumas crianças que ali estavam descobrindo uma nova paixão ou algo que viram que adoravam fazer, isso me fez perceber ainda muito nova o poder que a arte tem e o poder que cada um de nós tem em fazer a diferença na vida de alguém.

Onde acompanhar

No Globoplay, como a advogada Stela, em "Cheias de Charme", e a secretária Fernanda, em "Além Do Horizonte".

Na HBO MAX, como a conservadora socialite Flávia, na terceira temporada da série "O Negócio".

Em breve, no streaming, com a minissérie "Tudo de Bom", dirigida por Ajax Camacho.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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