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Zapping - Cristina Padiglione

Dalton Vigh aponta desconstrução de seu personagem em 'Poliana Moça'

Otto viverá um romance na novela do SBT, que voltou a gravar e estreia em 2022

O ator Dalton Vigh
O ator Dalton Vigh - Michael William
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Campinas

Com estreia prevista para o primeiro semestre de 2022 no SBT, "Poliana Moça" promete continuar a história de Poliana, que agora vive sua juventude. A novela pretende mudar os rumos de Otto (Dalton Vigh), o mal humorado e durão pai de Poliana. Nessa nova fase, ele viverá um relacionamento amoroso com Tânia, interpretada por Ana Paula Lima.

Perguntado se a construção do papel de Otto precisou ser repensada, com mais profundidade emocional, Dalton Vigh, 57 anos, disse acreditar que o antagonista era mais complexo emocionalmente no início.

"Era um personagem amargurado e infeliz e foi através do convívio com Poliana que ele entrou em contato com os próprios sentimentos e se tornou uma pessoa bem mais afável, já no final da primeira temporada", disse em entrevista à coluna.

"No caso dele não foi uma reconstrução, mas uma desconstrução", resumiu Vigh. Apesar do avanço, ainda não se sabe o que mais é possível esperar do ex-vizinho de Poliana -- tudo o que sabemos é que Otto começará essa fase dando uma madrasta para a filha.

A novela de Íris Abravanel, baseada no livro "Pollyana Moça", de Eleanor H., começou a ser gravada no ano passado, mas precisou ser interrompida pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

Com a pausa nas gravações, grande parte do elenco de "As aventuras de Poliana", primeira parte da novela, foi dispensada. Entre março e novembro de 2020, a equipe permaneceu contratada, aguardando o retorno às gravações, que só voltaram a acontecer neste ano. Com isso, Vigh ficou fora da emissora por cerca de sete meses.

Com a retomada, o ator contou ter se surpreendido com o tamanho de um dos atores-mirins: "Todos cresceram muito, mas o Davi Campolongo, 15, o Bento na novela, foi o único que quase não reconheci, de tanto que espichou", contou.

Embora elenco da trama não tenha sido confirmado pela emissora, sabe-se que Sophia Valverde, 16, que interpreta a protagonista, permanece na história. A novidade até o momento é a atriz Ana Paula Lima, que viverá Tânia.

Durante esses sete meses, Dalton Vigh se deparou com a agenda aberta para novos trabalhos. O ator conta que desenvolveu um projeto de teatro online com o grupo TAPA, em que apresentou a peça "O Urso" ao lado de sua mulher, a atriz Camila Czerkes.

Vigh também participou de uma produção da Disney+, sobre a qual ainda não pode falar, ambos em São Paulo, onde mora com a família. "Foi um período em que a maior parte das produções estavam sendo rodadas em outros estados e até mesmo outros países, e não me sentia seguro para viajar nas condições que estávamos vivendo no Brasil", conta.

Perguntado sobre como é para os filhos, os gêmeos Arthur e David, de 5 anos, assistirem ao pai na televisão, com a reprise de "O Clone" na Globo, por exemplo, Vigh se revelou um pai discreto.

"Não tenho o hábito de ficar mostrando meus trabalhos, eles só assistiram alguns trechos de certos trabalhos que estavam no ar na hora que mudávamos de canal atrás de algum desenho ou coisa assim", falou.

Curiosos sobre os bastidores, os pequenos bombardearam o pai de perguntas: "tive que explicar como era possível eu estar no sofá e dentro da TV ao mesmo tempo", acrescentou.

O ator disse não ter sentido dificuldades em conciliar a criação das crianças e o trabalho durante a quarentena, período em que se restringiu a trabalhar apenas na capital para estar mais presente na vida dos filhos, e cuidar da segurança da família.

No entanto, Vigh admite que ter ficado mais tempo em casa deixou os pequenos mal acostumados, no melhor sentido: "Fez com que eles ficassem acostumados com minha presença o tempo todo, então eles reclamam um pouco quando tenho que sair pra trabalhar", concluiu.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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