Bate-Papo na Web

Saiba se mensagens e emails deletados podem ser requisitados pelo Poder Judiciário

WhatsApp não arquiva mensagens nem chamadas de voz dos usuários

Marcelo Fonseca-19.out.2018/Folhapress
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Os emails enviados e recebidos via PC ficam gravados nos provedores de internet depois de deletados? As chamadas de voz e as mensagens enviadas e recebidas pelo WhatsApp também ficam gravadas? Essas mensagens podem ser requisitadas pelo Poder Judiciário? José de Arimatéia, 62

Depende do provedor. No Gmail, um dos provedores de email mais utilizados, as mensagens deletadas ficam na lixeira por 30 dias. Depois desse período, elas são apagadas permanentemente e não é mais possível recuperá-las.

No caso do email do UOL, que o leitor utiliza, esse prazo é de dez dias. A não ser que o cliente tenha assinado o serviço de backup de emails, depois desse prazo também não é mais possível recuperar mensagens deletadas.

Isso nos casos de webmail –aquele serviço de email acessado por meio de um site. Se a pessoa utiliza um programa de email para ver as mensagens, como Outlook e Thunderbird, aí é diferente.

Nesse caso, os emails são baixados para o computador do usuário. Se os emails forem deletados nesses programas, ficam na lixeira ou pasta "Itens excluídos" até que a pessoa os exclua. Se forem excluídos definitivamente, pode ser possível recuperá-los por meio de alguns softwares, mas não é garantido.

Em relação ao WhatsApp, o aplicativo não arquiva mensagens nem chamadas de voz dos usuários. O app utiliza a chamada criptografia de ponta a ponta, isto é, apenas as pessoas envolvidas na conversa têm acesso a ela.

Por isso, já houve até casos em que o WhatsApp foi tirado do ar temporariamente pela Justiça por não fornecer mensagens requisitadas em determinados processos –a empresa argumenta que não existe a possibilidade de fornecer esses dados.

Em relação aos emails, a Justiça pode sim determinar a quebra do sigilo de dados armazenados em webmails, bem como em dispositivos físicos como computadores e celulares –nesse caso, as mensagens que estiverem em aplicativos como o WhatsApp também podem ser obtidas.

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Alessandra Kormann é jornalista, tradutora e roteirista. Trabalhou sete anos na Folha.
Desde 2005, é colunista do Show!, do jornal Agora.

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