'Jurassic World: Reino Ameaçado' coloca dinossauros em risco e tem doses de suspense
Chris Pratt e Dallas Howard tentam salvar os animais da extinção
Estreia nesta quinta (21) o longa “Jurassic World: Reino Ameaçado”, quinto filme da bem-sucedida franquia de dinossauros iniciada pelo cineasta Steven Spielberg nos anos 1990.
Após os eventos desastrosos mostrados em “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” (2015), que culminam com a destruição do parque e o domínio dos dinossauros sobre toda a Ilha de Nublar, um vulcão ameaça entrar em erupção e extinguir os animais da face da Terra mais uma vez.
A missão dos protagonistas Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) é voltar à ilha e salvar a maior quantidade de espécies possível. Ao ser convocado para o épico resgate, o personagem de Chris Pratt traduz o sentimento do público espectador ao se questionar: “Salvar dinossauros de uma ilha que está prestes a explodir. O que poderia dar errado?”.
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Dirigido pelo espanhol J.A. Bayona e com Spielberg entre os produtores executivos, a sequência apresenta grandes cenas de ação e a volta dos robôs dinossauros queridos pelo público, os animatrônicos. Nas palavras de J.A. Bayona, em entrevista para a Universal Pictures: “[O filme] não é mais sobre pessoas resgatando pessoas. É sobre pessoas resgatando dinossauros.”
Na segunda metade da história, há uma dose inesperada de suspense, quando um dinossauro
geneticamente modificado se confunde com um monstro que veio de um pesadelo. O primeiro longa da nova versão da franquia, “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros”, lançado em 2015, teve a quinta maior bilheteria da história do cinema, tendo arrecadado US$ 1,67 bilhão no mundo todo, o equivalente a R$ 6,25 bilhões.
A estreia do longa-metragem marca os 25 anos desde que “Jurassic Park” (1993) chegou aos cinemas. E o novo filme conta com um final surpreendente, que deixa espaço para mais sequências. Personagens marcantes das versões anteriores do longa, como o matemático Ian Malcolm (Jeff Goldblum) e o geneticista Henry Wu (B.D. Wong), também aparecem como uma referência à trilogia original.
PERSONAGENS INFANTIS FORTES
Os primeiros rascunhos que o autor, roteirista e diretor de cinema americano Michael Crichton (1942-2008) fez do romance de ficção “O Parque dos Dinossauros” tinham uma criança como testemunha do
retorno dos animais pré-históricos à Terra.
A versão, no entanto, foi duramente criticada pelos amigos do escritor, que resolveu abandoná-la e adotar o ponto de vista de um personagem adulto na trama. O olhar infantil, no entanto, sempre foi um elemento importante na história dos dinossauros e ganhou destaque pelas mãos do cineasta Steven Spielberg desde os primeiros filmes de “Jurassic Park”, na década de 1990.
No novo “Reino Ameaçado”, nenhum dos novos personagens roubam tanto a cena quanto Maisie, vivida pela atriz Isabella Sermon. Ela é neta do milionário Benjamin Lockwood (James Cromwell), pesquisador que planeja salvar os dinossauros da extinção, criando um santuário para eles e que coloca o ambicioso Eli Mills (Rafe Spall) no comando da tarefa.
Maisie, no entanto, desconfia das intenções de Mills e, escondendo-se pelos cantos da mansão onde mora e escalando paredes, ouve conversas escusas e descobre que Mills está traindo a confiança de
Lockwood. A personagem, que conta com uma atuação forte da jovem atriz nas sequências de medo e tensão, acena para o primeiro "Jurassic Park" e retoma a importância do olhar infantil na já clássica saga dos dinossauros.
FÃS APROVAM SEQUÊNCIA
O operador de máquinas Maycon Oliveira, 31, é um grande fã da saga dos dinossauros. O carioca diz ter visto o primeiro filme da nova versão da franquia, “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” (2015), 21 vezes.
Oliveira também aproveitou a pré-estreia do segundo longa, “Reino Ameaçado”, na semana passada, e o viu seis vezes. “O filme novo é o meu favorito, por ter mais emoção e mais ação. Chorei na cena em que o braquiossauro é deixado para trás para morrer”, diz.
O estudante mineiro Fernando Cavalcante, 17, conta que é fã dos dinossauros desde os 7 anos e que criou um grupo no Facebook para discutir os filmes e os jogos da franquia. “Gosto dos filmes por que eles mostram falhas humanas, como querer dominar e controlar o que não pode ser controlado”, conta.
Cavalcante aprovou o novo filme, mas tem ressalvas. “As únicas falhas que eu senti foram o fraco desenvolvimento da relação entre os personagens e algumas cenas bem previsíveis.” Para a relações-públicas Cássia Larrubia, 44, a narrativa está mais próxima do terror do que da aventura. “É profundo. Fiz uma analogia sobre como o ser humano maltrata os animais por ganância."
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