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Cinema e Séries

Maior presente de Natal virá da cultura, diz Selton Mello sobre 'Compadecida 2'

Continuação do longa de 1999 que chega aos cinemas no dia 25 de dezembro é exibida com exclusividade para plateia da CCXP

Matheus Nachtergaele e Selton Mello na CCXP
Matheus Nachtergaele e Selton Mello na CCXP - Leo Franco / AgNews
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São Paulo

"Minha alma está fora do corpo, pois hoje será a primeira sessão pública de ‘O Auto da Compadecida 2’. Guardamos esse momento por 25 anos para devolver ao público com carinho".

Antes mesmo de a exibição em primeira mão do longa baseado na obra de Ariano Suassuna (1927-2014) começar para algumas centenas de privilegiados da CCXP, Matheus Nachtergaele, intérprete do icônico João Grilo, já alertava o público sobre as emoções que estavam por vir.

E ele tinha razão. Em pouco mais de 1h30, era possível ouvir aplausos, risadas, mas também algum choro discreto. O filme chega no dia 25 de dezembro aos cinemas com sua segunda versão ainda mais emocionante sem perder as raízes.

"Estou muito emocionado. O maior presente de Natal virá da cultura para o povo", disse o também emotivo Selton Mello, o Chicó, para delírio dos fãs que o aplaudiam com bastante entusiasmo. "Gostoso", gritou uma moça mais desinibida da primeira fileira para arrancar um riso um tanto quanto envergonhado do ator.

No longa, depois de 20 anos desaparecido, João Grilo, agora uma celebridade local, retorna à pequena Taperoá para se juntar ao seu velho companheiro Chicó.

Disputado como principal cabo eleitoral pelos dois políticos mais poderosos da cidade, ele faz de tudo para finalmente aplicar o golpe que renderia muito dinheiro. Mas nada sai como planejado.

De acordo com João Suassuna, neto de Ariano que também estava presente no bate-papo com os fãs no espaço Thunder, a obra é a mais vista e revista do cinema nacional desde 1999. "Meu avô se foi em 2014, e agora, 10 anos após sua partida, eu sinto ele vivo, atual e pulsante."

Ao final da sessão, o público viu os atores voltarem ao centro do palco para serem aplaudidos por três minutos de pé, ininterruptamente. Nachtergaele tinha mesmo razão. "Obrigado a todos, que esse filme seja digno de Ariano", encerrou ele, com muitas lágrimas nos olhos.

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