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Cinema e Séries
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Anti-pegação, Brincando com Fogo foi inspirado em 'Seinfeld' e no Tinder

2ª temporada do reality americano estreia na Netflix nesta quarta-feira

Cenas da 2ª temporada de Brincando com Fogo Tom Dymond

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São Paulo

O reality de “encontro às avessas”, como classifica a Netflix, chega a sua segunda temporada com ainda mais surpresas e tensão sexual. Em Brincando com Fogo, 10 jovens festeiros, sedutores e solteiros ficam presos em uma ilha paradisíaca para ganhar US$ 100 mil, cerca de R$ 505 mil, desde que não tenham nenhum prazer sexual.

Na nova temporada, os participantes são enganados e convencidos de que estão se inscrevendo em um reality chamado Parties in Paradise (Festas no Paraíso, em português), com muita festa e pegação. “Foi importante eles não saberem o show que eles estavam indo”, diz Ros Coward, produtora do reality, em conversa com o F5 por videochamada.

Porém, eles estarão embarcando em três semanas de celibato, onde cada envolvimento romântico, desde beijos até sexo, descontará uma quantia em dinheiro do prêmio final. Laura Gibson, criadora da série, diz que nesta temporada as penalidades terão mais consequências individuais aos confinados.

Além disso, como na primeira temporada, o reality será apresentado por Lana, uma inteligência artificial em formato de cone. Gibson afirma que Lana é a anfitriã perfeita para o programa, “todos temos uma em casa atualmente”, reflete, “e ela pode estar em todos os lugares e ver tudo o que está acontecendo.”

Coward diz que desta vez a diferença foi que a inteligência artificial ficou escondida por algumas horas e depois fez sua entrada nada triunfal. “É legal que Lana veja eles se comportando como na vida normal”, diz ela.

As produtoras apostam que o público irá se identificar com os participantes, ainda mais em meio à pandemia. “Pode causar uma reflexão”, diz Gibson. Para Coward, os fãs podem se enxergar nos participantes, já que todos estarão muito animados quando puderem ir a festas e conhecer novas pessoas.

A produtora ainda ressalta que a melhor parte do programa é a junção de comédia e drama. “Nunca fica velho o quão surpresos eles ficam quando é revelado que alguém fez algo sexual”, completa Gibson, que aposta que o público irá se divertir com as diferentes reações de cada participante.

As produtoras contam que, no processo de seleção, buscaram por pessoas que “com certeza fossem abraçar o processo” e que soubessem se divertir. “Passamos por muitas etapas porque queremos escolher quem tem histórias interessantes”, completa Coward, “eles precisam estar confortáveis falando de sua vida sexual, mas também de sua trajetória.”

Porém, Gibson afirma que todas as pessoas se inscrevem pela possibilidade de ter um verão selvagem, sem saber que o programa verdadeiro é o Brincando com Fogo. Para elas, o processo foi interessante e trouxe pessoas autênticas e de todas as partes do mundo.

“Todos poderão ver como eles são livres e como sabem se divertir, eles são muito puros de certa forma. Mesmo se não estivessem em um reality estariam se comportando da mesma maneira”, ressalta Gibson, sobre o elenco que é composto em sua maioria por influenciadores digitais, atletas e até strippers.

Com esse elenco, Coward diz que não faltarão emoções. “Tem momentos que trazemos novas pessoas, que mudam a jornada de pessoas lá”, conta. “Teremos muitas coisas inesperadas”, completa a criadora. ​

A segunda temporada de Brincando com Fogo chega à Netflix nesta quarta-feira (23). Os 10 episódios serão divididos em duas partes, sendo lançados os quatro primeiros e depois de uma semana os seis restantes.

Os fãs brasileiros do programa, no entanto, poderão acompanhar ainda o Brincando com Fogo Brasil, que estreia pouco depois, já no dia 21 de julho. O programa será narrado pela comediante Bruna Louise e seguirá os mesmos moldes do reality americano, com o prêmio de R$ 500 mil.

Entre os participantes anunciados está o atleta de natação Leandro David, 23, que estará acompanhado de Brenda Paixão, Davi Kneip, Gabriela Martins, Kethellen Avelino, Igor Paes, Rita Tiecher, Ronaldo Moura, Thuany Raquel, Matheus Sampaio, Marina Streit e Caio Giovani.

COMO O AMOR DEVERIA SER

As produtoras contam que o reality nasceu da necessidade de mostrar como o amor não deveria começar. Gibson diz que teve duas principais inspirações: a primeira veio de um episódio da série americana “Seinfeld” (1989), onde os personagens organizam um concurso em que o vencedor será o último a se masturbar.

Intitulado “The Contest”, o episódio mostra os personagens Jerry (Jerry Seinfeld), Elaine (Julia Louis-Dreyfus), George (Larry David) e Kramer (Michael Richard) em um contexto que ultrapassou os limites das comédias no horário nobre dos Estados Unidos. Por isso, acabou se tornando um dos episódios mais famosos da sitcom.

“Todos eles falharam miseravelmente e perderam o dinheiro. Então eu pensei ‘meu Deus! Tem um programa nisso’”, diz a produtora. A segunda inspiração veio de uma conversa que uma amiga teve no aplicativo de namoro Tinder, em que logo nas três primeiras mensagens trocadas o pretendente já havia enviado “uma foto grosseira”.

“Pensei comigo mesma que o amor não deveria começar assim”, continua Gibson. “Quando falei com a Netflix a ideia central era mostrar que o amor não deveria começar com uma foto de um pinto”, relembra a criadora.

Para ela, o reality quer mostrar para o público que é necessário mais do que o corpo para criar relações verdadeiras com alguém. A primeira temporada estreou em 2020 e causou reflexões sobre relacionamentos, a cultura de corpos perfeitos e de como a mídia social influencia a vida de todos ultimamente.

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