Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Cinema e Séries

Willem Dafoe encarna o gênio atormentado de Van Gogh em estreia no festival de Veneza

'At Eternitys Gate' mostra Van Gogh empobrecido nos anos 1880

O ator Willem Dafoe na première do filme "At Eternity's Gate"
O ator Willem Dafoe na première do filme "At Eternity's Gate" - Alberto Pizzoli-3.set.2018/AFP
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Sarah Mills Robin Pomeroy
Veneza
Reuters

​Com sua barba ruiva, seu chapéu de palha e uma expressão triste e magoada, Willem Dafoe aparece assombrosamente semelhante a um autorretrato de Vincent Van Gogh em uma cinebiografia que estreou, nesta segunda (3), no Festival Internacional de Cinema de Veneza.

"At Eternity’s Gate" começa mostrando um Van Gogh empobrecido em Paris nos anos 1880, quando suas pinturas são, na melhor das hipóteses, ignoradas, e na pior, tachadas de incompetentes.

A trama o acompanha ao sul da França, entrando e saindo de manicômios, e termina com sua morte alguns anos mais tarde, aos 37 anos, com uma bala no estômago que, no filme, não é resultado do suicídio que historiadores especulam ter sido a causa de sua morte.

O filme foi dirigido por Julian Schnabel, que fez "O Escafandro e a Borboleta" e é ele mesmo um artista que recriou algumas das obras de Van Gogh para a filmagem e ajudou Dafoe a aprender como usar um pincel.

"Há muita pintura no filme. Tive que aprender como pintar", disse Dafoe. "Julian é um grande artista e um grande professor, e tê-lo ali me ensinando como enxergar de uma maneira nova foi empolgante."

Dafoe interpreta Van Gogh como um homem profundamente solitário que encontra consolo na natureza e no trabalho: "Pinto para parar de pensar", diz ele em certo momento.

Embora sofra apagões e tenha surtos de raiva, seu Van Gogh não passa a impressão de ser louco, mas certamente de uma vítima de tormentos mentais. "Ele enxergou o valor (do sofrimento)", opinou o ator.
"Ele pensava que a doença pode nos curar. Ele valorizava isso, mas isso é muito diferente da ideia normal das pessoas pensarem que ele era só um ‘gênio louco'".

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem