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Celebridades

Narjara Turetta vai leiloar carrinho de água de coco para produzir monólogo

Atriz vem trabalhando como dubladora e lamenta ter que vender a carrocinha que garantiu seu sustento por anos nas ruas de Copacabana, no Rio

Em foto colorida, mulher de vestido laranja posa para foto em frente ao mural de um evento
Narjara Turetta: 'Estou com o roteiro todo pronto e a cenografia já pensada' - Divulgação/AgNews
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Rio de Janeiro

Não vai ser fácil se desfazer dela, mas Narjara Turetta está decidida: vai vender a carrocinha que usava para vender água de coco nas ruas de Copacabana, na zona sul do Rio, entre os anos 1990 e início dos anos 2000. O carrinho, que a ajudou a pagar os boletos na época em que esteve desempregada, estava parado há seis anos e agora chegou a hora de se despedir dele.

"Queria guardá-lo até mesmo por gratidão, mas não tem como. Não tenho mais espaço e ele está se deteriorando com o tempo, com a falta de uso", diz a atriz, uma das convidadas do Prêmio Empoderadas, para mulheres que lutam contra a desigualdade, realizado no Copacabana Palace.

O carrinho será leiloado e com o dinheiro arrecadado, ela pretende montar um monólogo autobiográfico. Narjara conta que a ideia partiu da amiga Gloria Pires. "Completei 52 anos de carreira com altos e baixos e o público tem o direito de saber detalhes da minha trajetória", explica a atriz, que não demorou para aceitar o projeto da intérprete de Irene em "Terra e Paixão", da Globo, e pediu ajuda de um amigo (o escritor Luiz de Abreu) com o texto.

"Estou com o roteiro todo pronto e a cenografia já pensada, mas agora vem a parte complicada: captar recursos para a montagem", diz a atriz, que há quatro anos vem trabalhando como dubladora. "Fui chamada uma vez e foram pintando outros. Claro que gostaria de voltar a atuar, mas não sou chamada. Tudo bem. O importante é trabalhar e isso, eu tenho feito", diz.

Narjara ganhou destaque no seriado "Malu Mulher" (1979), em que interpretava a filha da protagonista, vivida por Regina Duarte, com quem ainda mantém contato. "Gosto muito da Regina e conversamos sobre tudo, menos política", comenta. "Fico muito triste de vê-la tão massacrada por sua opinião, sua escolha política. Esse país é ou não democrático? Acho que respeito pela história dessa atriz na teledramaturgia seria o mínimo", conclui.

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