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Celebridades

Lais Souza diz que temeu morrer após denunciar abusos de cuidadores

Ex-ginasta, que sofreu acidente em 2013 e ficou tetraplégica, afirma que hoje não confia 100% em ninguém

Caldeirão do Huck - Especial Inspiração - Laís Souza
A ex-ginasta Lais Souza - Fabiano Bataglin / Globo
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São Paulo

A ex-ginasta Lais Souza, 34, que em 2013 ficou tetraplégica após um grave acidente de esqui, revelou no podcast Café com Mussi que já foi abusada por alguns cuidadores. Segundo ela, por não ter 100% de sensibilidade em todas as partes do corpo, tudo acontecia sem que ela nem sequer percebesse.

"Foram abusos inesperados, eu estava totalmente vulnerável, deitada, dormindo, não estava nem vendo o que estava rolando. Tem algumas partes que sinto que está tudo certo, mas a pessoa se aproveita daquilo", disse.

A ex-ginasta conta que em diversos momentos durante seu dia necessita ficar de barriga para baixo para alguns procedimentos. E que seriam nessas horas que pessoas tocariam seu corpo.

"A maioria [dos abusos] foi quando eu estava quase dormindo. Já aconteceu tanto com homem quanto com mulher. Com homem gay, mulher gay. É uma parada estranha, mas a gente tem que se educar. Nosso corpo é nosso corpo, não tem que ser invadido."

Lais sempre preferiu morar sozinha para ter sua independência. Por causa disso, ela conta, sua segurança acaba ficando mais prejudicada, embora seus pais estejam perto, na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Os episódios fizeram com que ela desconfiasse de todos ao seu redor.

"Minha confiança é bem abalada. Desconfiaria até dos meus próprios familiares hoje em dia. Para confiar em alguém, tenho saber realmente quem está ali, conversando, convivendo. Quando vai entrar um cuidador, a gente fica um bom tempo treinando. Tento fazer com que tudo esteja no meu controle", afirma.

Após tomar conhecimento de algumas atitudes contra si, Lais resolveu denunciar, mas diz que temeu pela vida. "Simplesmente denunciei. Em alguns casos, me deu medo. Fiquei com medo de a pessoa vir atrás e me matar. Medo e insegurança", contou.

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