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Celebridades
Descrição de chapéu Rita Lee

Filhos de Rita Lee agradecem fãs após despedida emocionada

Nos momentos finais, admiradores da artista cantaram, aplaudiram e correram atrás de carro funerário

Fãs acompanham carro funerário que levava caixão de Rita Lee - Rubens Cavallari/Folhapress
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São Paulo

Os três filhos de Rita Lee, Beto, 46, João, 44, e Antônio, 42, fizeram questão de agradecer aos fãs nos momentos finais do velório da cantora, morta nesta segunda-feira (8) aos 75 anos.

Um a um, eles deixaram por alguns instantes o espaço do Planetário do parque Ibirapuera, em São Paulo, onde a mãe era velada, nesta quarta (10), e se dirigiram às dezenas de pessoas que cantavam e aplaudiam a artista.

Fazendo gestos em direção ao coração, Beto percorreu toda a extensão do gradeado onde os fãs de aglomeravam e disse muitos obrigados. Mais discretos, mas também emocionados, os irmãos mais novos apareceram em seguida para a reverência às pessoas que passaram horas em pé na homenagem final à roqueira.

João Lee, de preto, e Guilherme Samora (editor e amigo de Rita Lee) observam coroas de flores no velório da cantora - Rubens Cavallari/Folhapress

A parte do velório aberta ao público terminou às 17h e em seguida o Planetário foi fechado por duas horas e meia para um momento íntimo da família e dos amigos mais próximos.

Mesmo assim, dezenas de fãs continuaram do lado de fora, atrás de grades de segurança, à espera da saída do caixão para o último adeus.

Pessoas de todas as idades usaram esse tempo para cantar sucessos de Rita, gritar agradecimentos e chamá-la de Santa Rita de Sampa– autodenominação da artista na música de mesmo nome em que ela se descreveu como "tia tiete do Tietê", "mãe menina da Pompeia" e "deusa pagã do Butantã".

Por volta das 19h30, o caixão foi colocado no carro funerário, que seguiu em direção a uma das saídas do parque e, dali, para a cerimônia íntima de cremação. Um grupo correu atrás do veículo, sempre cantando e gritando o nome de Rita Lee.

Antes disso, outro momento de emoção. Às 16h30, após uma roda de cantoria na entrada do Planetário, os fãs decidiram entrar novamente no espaço do velório, organizados em fila e com direito a apenas alguns segundos em frente ao caixão lacrado da artista.

A maioria já havia feito o percurso uma ou duas vezes, mas nessa hora foi diferente: entraram cantando alto, gritando vivas e aplaudindo, para comoção dos familiares. Muita gente chorou. A irmã de Rita, Virgínia, mandou beijos.

O corpo da cantora chegou ao Planetário por volta das 5h desta quarta. Lado a lado, jovens, adultos e idosos começaram a cantoria logo cedo, por volta das 9h30. Sucessos como "Lança Perfume", "Ovelha Negra", "Mania de Você" e "Desculpe o Auê" foram repetidos incansavelmente ao longo do dia.

A ideia de realizar o velório no local foi da empresária de Rita, Silvia Venna. A cantora gostava dos assuntos extraterrestres e, em entrevista ao jornalista Pedro Bial, em 2017, disse que não acreditava em aviões e sim em discos voadores.

Dentro do Planetário, como parte das homenagens, uma projeção mostrou o mapa do céu no dia em que a cantora nasceu: 31 de dezembro de 1947.

Do lado de fora, os fãs observavam a construção em concreto inaugurada em 1957, em formato que lembra um OVNI cercado de árvores e ao som de pássaros. Quando anoiteceu, luzes coloridas se alternaram na cúpula, nos últimos momentos de Rita com a família. De novo, muita gente chorou.

Na madrugada desta quinta (11), o compositor e instrumentista Roberto de Carvalho, viúvo de Rita, compartilhou vídeos dos fãs na despedida.

"Foi lindo! Os fãs mais educados, carinhosos e amáveis! Mãe e pai têm os melhores fãs do mundo", escreveu João Lee, um dos filhos.

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