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Celebridades

Príncipe Harry diz que Meghan o salvou e que ayahuasca ajudou a lidar com 'dores do passado'

Duque promoveu live com ingressos a mais de R$ 100 em que conversou com especialista em trauma

Harry no Castelo de Windsor, no Reino Unido, durante o funeral do príncipe Philip - Victoria Jones - 17.abr.2021/Pool/Reuters
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São Paulo

O príncipe Harry voltou a falar neste sábado (4) sobre suas diferenças com a família real britânica, disse que Meghan Markle o salvou de si mesmo e revelou que o uso de drogas e outras substâncias o ajudou a enfrentar seus traumas. As declarações foram feitas por ele durante uma live em que conversou com o médico húngaro-canadense Gabor Maté para divulgar o seu livro autobiográfico.

"Minha esposa me salvou. Eu estava preso em um mundo, e ela veio de um mundo diferente e me ajudou a sair dessa", afirmou. Harry ainda disse que foi Meghan quem insistiu para que ele levasse a terapia mais a sério. "Eu sabia que, se não fizesse terapia e me consertasse, perderia essa mulher com quem eu queria passar o resto da minha vida", disse.

O evento virtual teve 90 minutos de duração e pôde ser assistido por aqueles que se dispuseram a pagar cerca de R$ 105 pelo ingresso. A espécie de "sessão de terapia" pública rendeu a Harry até mesmo um diagnóstico. "Lendo o livro, eu diagnostico você com Transtorno de Déficit de Atenção", afirmou o médico Gabor Maté, que é especialista em trauma, estresse e outros temas relacionados.

O profissional da saúde disse considerar o distúrbio "uma resposta normal" no caso de Harry, dado o estresse ao qual o príncipe foi submetido ao longo de sua vida. Ao replicar o comentário, Harry brincou e agradeceu ao médico pela "consulta gratuita".

O duque ainda falou sobre a sua relação com drogas e disse que recorre a substâncias psicodélicas e maconha para lidar com seus traumas. "[A cocaína] não fez nada por mim. Foi mais uma coisa social e me deu uma sensação de pertencimento", compartilhou. "A maconha é diferente, realmente me ajudou muito."

Ao detalhar a sua relação com psicodélicos, Harry disse que substâncias como a ayahuasca proporcionam a ele uma sensação de "relaxamento, libertação, conforto". "Comecei a fazer isso de forma recreativa e depois comecei a perceber o quanto me fazia bem. Diria que foi uma das partes fundamentais da minha vida, me mudou e me ajudou a lidar com os traumas e dores do passado", afirmou.

Durante a conversa, o príncipe ainda falou sobre como se identifica com a mãe, a princesa Diana, por não se sentir parte da família real. E disse que, à época em que serviu como militar no Afeganistão, podia ser considerado o candidato ideal por ter crescido em um "lar partido".

"Das vezes em que me aventurei a ser eu mesmo, ser o meu verdadeiro eu , seja por meio da mídia ou da família ou o que quer que fosse, era quase como [se dissessem]: 'Não seja você mesmo, volte para o que é esperado que você seja'", disse na live.

Ao revisitar sua ida à guerra, o duque de Sussex ponderou que nem todos os combatentes concordavam com a existência do conflito. "Uma das razões pelas quais tantas pessoas no Reino Unido não apoiaram nossas tropas foi porque presumiram que todos os que estavam servindo eram a favor da guerra. Mas não", afirmou. "Você estava fazendo o que foi treinado para fazer."

Harry aproveitou a ocasião para rebater críticas feitas ao seu livro, "Spare" ("O que Sobra", na edição em português), em que relatou situações em que supostamente teria sido preterido pela família real. Ele negou que, ao falar de suas experiências, tenha se colocado no papel de vítima.

"Poder compartilhar as coisas da minha vida que considero importantes é bom. Para mim, é como se fosse um ato de serviço", disse, sugerindo que o mundo seria um lugar melhor se mais pessoas pudessem expor as vulnerabilidades vividas dentro de casa.

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