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Celebridades

Adriana Lima, embaixadora da Copa do Mundo Feminina, põe escolha da FIFA em xeque

Modelo brasileira e ex 'angel' da Victoria's Secret não tem ligação nenhuma com o futebol ou com a luta por igualdade

A modelo Adriana Lima - Reuters
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São Paulo
Reuters

A nomeação da supermodelo Adriana Lima pela Fifa como embaixadora global da torcida em um ano de Copa do Mundo Feminina é "desconcertante" e envia mensagens errada para jogadoras e torcedoras, disse a ex-integrante do Comitê Executivo da entidade Moya Dodd. Ela externou o raciocínio de muita gente que foi às redes fazer perguntas básicas como 'Por que ela?' e 'Qual o critério?'.

A australiana Dodd, ex-jogadora que atuou no comitê da candidatura bem-sucedida da Austrália e da Nova Zelândia para sediarem juntas a Copa do Mundo, disse que a nomeação de Lima menos de cinco meses antes do torneio é motivo de tristeza e questionamentos.

"No início, a imagem pública da modelo parecia um ajuste estranho para uma organização que diz querer empoderar meninas e mulheres", escreveu Dodd em um post no LinkedIn na quarta-feira. "O que essa embaixadora representará para a grande e crescente população de aspirantes a jogadoras e torcedoras de futebol feminino que amam o jogo porque nos mostra como podem ser o empoderamento e a igualdade?"

Dodd, membro do Comitê Executivo da Fifa de 2013 a 2016, também se referiu a comentários feitos por Lima em uma entrevista de 2006 à revista GQ, na qual ela disse que o aborto era "um crime". A Fifa não respondeu a um pedido de comentário.

De acordo com a entidade, a brasileira "desenvolverá, promoverá e participará de várias iniciativas globais" em seu papel como a primeira embaixadora global dos torcedores da Fifa, informou a entidade reguladora em comunicado nesta segunda-feira.

O publicitário de Lima, Laurent Boye, defendeu sua cliente e disse que a postura da modelo mudou nos 17 anos desde que ela fez esses comentários."Podemos dizer com orgulho que Adriana Lima promove um estilo de vida saudável há vários anos e, como muitas pessoas, sua posição em muitas questões LGBTQIA+ e femininas evoluiu. Ela é considerada uma aliada", disse Boye em comunicado.

Dodd, uma defensora do futebol feminino, representou a Austrália em competições oficiais de 1986 a 1995 e disputou o torneio feminino da Fifa em 1988, três anos antes da criação da Copa do Mundo. "Quando uma garota joga futebol, o mundo a vê de maneira diferente", disse Dodd. "Em vez de ser elogiada por sua boa aparência ou por seu vestido, ela é valorizada por suas defesas e lindos gols."

Ela recentemente criticou a Fifa pela falta de compreensão do jogo feminino. A Copa vai de 20 de julho a 20 de agosto. "Em ano de Copa do Mundo da Fifa, essa é a mensagem que deveria estar soando alta e verdadeira em todo o mundo. Onde uma supermodelo se encaixa nisso é realmente desconcertante."

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