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Celebridades

Quem é José Dumont, ator preso por armazenar imagens de sexo com crianças

Profissional versátil, ele foi do drama à comédia em mais de 40 anos de uma premiada carreira no cinema e na TV

O ator José Dumont, 72 - Reprodução
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Rio de Janeiro

Preso em flagrante nesta quinta-feira (15) pela Polícia Civil do Rio pelo crime de armazenamento de imagens de sexo envolvendo crianças, o paraibano José Dumont, 72, mudou-se para São Paulo ainda jovem, onde trabalhou como carteiro e tentou ser marinheiro até descobrir sua vocação para a arte.

Ele iniciou sua história profissional no teatro, nos anos 1970, e no final daquela década deu início a uma longa e premiada trajetória no cinema. Um de seus primeiros trabalhos foi em "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia" (1977), de Hector Babenco, clássico do cinema nacional, no qual interpretou o assassino do protagonista, vivido por Reginaldo Faria.

De lá para cá, já esteve no elenco de cerca de 40 filmes, entre eles "Gaijin - Os Caminhos da Liberdade", de Tizuka Yamazaki (1980), que lhe rendeu o Kikito de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado" e "O Homem que Virou Suco" (1981), de João Batista de Andrade. Foi premiado mais uma vez em Gramado e também no Festival de Brasília e de Huelva, na Espanha.

O ator, que não teve educação formal quando criança e se alfabetizou através da literatura de cordel, também participou de filmes fundamentais como "Memórias do Cárcere" (1984), dirigido por Nelson Pereira dos Santos, e "Morte e Vida Severina" (1977), sob o comando de Zelito Viana, além de "A Hora da Estrela", de Suzana Amaral.

Versátil, dividiu o set com Didi, Dedé, Mussum e Zacarias nas comédias de Os Trapalhões, nos anos 1980 e, mais recentemente, interpretou o empresário de duplas caipiras Miranda, de "Dois Filhos de Francisco". Por este papel, tornou-se Melhor Ator Coadjuvante do Grande Prêmio Brasileiro de Cinema, em 2006.

José Dumont, com sobrenome afrancesado por um erro no registro em cartório (era para ser Do Monte), também tem uma carreira de respeito na TV. Seu currículo inclui novelas e séries de estilos variados -de "Bandidos da Falange" (Globo), nos anos 1980, a Os Mutantes, na Record, no início dos anos 2000, passando por Terra Nostra, Brava Gente, Mandacaru e Pantanal (foi o pai de Juma Marruá na primeira versão, em 1990), para citar alguns exemplos de uma extensa lista.

O trabalho mais recente do ator na TV foi em 2021, quando interpretou na Globo o Coronel Eudoro, na novela "Nos Tempos do Imperador". Ele estava escalado para "Todas as Flores", de João Emanuel Carneiro, a ser exibida no Globoplay, onde viveria um explorador de menores. A emissora anunciou o afastamento de Dumont nesta quinta-feira (15), pouco depois de sua prisão ser efetuada.

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