Quanto mais Anittas do lado de cá, melhor, afirma Dira Paes
Atriz comemora o apoio da cantora a Lula nas próximas eleições presidenciais
A premiação mais importante do cinema nacional completa cinco décadas e depois de dois anos na frieza das transmissões online por causa da pandemia, o Festival de Gramado volta a ser presencial. Motivo dos mais justos para que a organização do evento fizesse uma festa para comemorar a boa notícia, nesta terça-feira (12), no Rio.
Por lá anunciou-se que o homenageado deste ano será Marcos Palmeira, e também a data do festival, na Serra Gaúcha: entre os dias 12 e 20 de agosto. A noite de apresentação do evento promoveu reencontros e, tanto entre os convidados quantos nas entrevistas à imprensa, política era assunto recorrente.
Nova integrante do time de curadores da competição, Dira Paes comemorou o apoio de Anitta, 29, a Lula, o pré-candidato do PT nas próximas eleições. "Maravilhoso. E quanto mais Anitta, melhor. Quanto mais Anittas do lado de cá, melhor, porque ela consegue falar com o Brasil inteiro e isso é um fenômeno que merece todos os nossos aplausos", explica.
Dira, 53, ainda usou a palavra resistência para definir mais uma edição do evento, que teve mais de 1 mil títulos inscritos e escolheu 55 produções para serem exibidas, boa parte delas, aliás, têm como foco os problemas sociais do país. "Esse festival é um exemplo de resistência, persistência e construção de ideias para se falar de cultura, que é um bem essencial para a sobrevivência humana", destaca Dira.
Com dois Kikitos na estante (Melhor Ator Coadjuvante por "Dedé Mamata", de 1988, e Melhor Ator por "Barrela: Escola de Crimes", de 1990), Marcos Palmeira, 58, classificou o Festival de Gramado como mais uma bandeira sendo fincada para provar que a cultura resiste. "Não existe país sem cultura e não existe cidadania sem cultura."
Protagonista de 'Pantanal', o ator disse considerar o atual momento político como um dos piores da história para a classe artística. "Estamos vivendo um momento muito difícil com a criminalização da cultura, os artistas sendo marginalizados. É estranho e muito triste", disse o protagonista de "Pantanal".
Palmeira percebe uma cobrança maior para que artistas e formadores de opinião se posicionem politicamente. E isso não o incomoda. Pelo contrário. "Eu sou a favor [de se tornar público o posicionamento] e acho importante se manifestar porque um ser político é uma característica de todos nós. A questão é que política você faz. A minha política é a das pontes e não é a política dos muros.".
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