Celebridades

Filho de Woody Allen critica publicação do livro de memórias do cineasta e rompe com editora

Ronan Farrow diz que obra deveria recordar acusação de abuso da irmã

Ronan Farrow, filho de Woody Allen
Ronan Farrow, filho de Woody Allen - Danny Moloshok/ Reuters
 
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Long Beach (Nova York)

Filho de Woody Allen, 84, Ronan Farrow, 32, criticou duramente o anúncio da publicação em breve do livro de memórias do cineasta. Ele afirmou que deixará de publicar suas obras pela Hachette, porque não deseja estar no mesmo grupo editorial do diretor.

"A Hachette não fez as verificações sobre o conteúdo deste livro", disse Farrow. O jornalista afirma que a editora não entrou em contato com sua irmã, Dylan Farrow, 34, que acusa Woody Allen de abusos, o que constitui, segundo ele, uma "falta enorme de profissionalismo".

Desde o início do movimento #MeToo, em outubro de 2017, Woody Allen foi acusado de ter abusado sexualmente de sua filha adotiva Dylan Farrow quando ela tinha sete anos. "Isto demonstra a falta de ética e de compaixão pelas vítimas de agressões sexuais", disse Farrow, antes de afirmar que não pode trabalhar com uma editora que se comporta assim.

A editora Grand Central Publishing, filial do grupo Hachette, anunciou na segunda-feira (9), de modo surpreendente, a compra dos direitos das memórias de Woody Allen. O livro será lançado em 7 de abril. De acordo com a editora, o livro "Apropos of Nothing" é "um relato exaustivo da vida de Woody Allen, pessoal e profissional",

Após duas investigações distintas de vários meses nos anos 1990, o promotor Connecticut responsável pelo caso decidiu não indiciar o cineasta, mas declarou publicamente que suspeitava de Woody Allen. Dylan Farrow, que tem o apoio da mãe adotiva, Mia Farrow, 75, e do irmão Ronan, voltou a acusar Allen em 2018. O cineasta negou mais uma vez as acusações.

Em outubro, Ronan Farrow publicou seu segundo livro, "Catch and Kill" ("Operação Abafa: Predadores sexuais e a industria do silêncio", no Brasil), que fala de seu trabalho de investigação para revelar as acusações de assédio e agressão sexual contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein. O livro foi lançado pela editora Little, Brown and Company, outra filial do grupo Hachette.

AFP
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