Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Celebridades

Jane Fonda fala sobre noite na prisão: 'Era apenas eu e as baratas'

Atriz já foi detida quatro vezes por protestar contra as mudanças climáticas

Jane Fonda é presa pela quarta sexta-feira consecutiva por protestar contra as mudanças climáticas
Jane Fonda é presa pela quarta sexta-feira consecutiva por protestar contra as mudanças climáticas - Reuters
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A atriz Jane Fonda, 81, falou sobre a noite que passou na prisão, no último dia 1º, quando foi pela quarta sexta-feira vez consecutiva detida por protestar contra as mudanças climáticas em Washington D.C., capital dos Estados Unidos. "Na minha cela, era apenas eu e as baratas." 

A declaração foi dada em entrevista ao site The Hollywood Reporter, publicada na quarta-feira (6). Segundo a atriz da série "Grace e Frankie", da Netflix, ela ficou presa por 20 horas. Nas primeiras sete horas, ficou em uma cela sozinha com "as baratas". Depois foi transferida para outra cela com quatro mulheres, e depois para outro bloco com mais seis mulheres.

Para a atriz, que se considera uma privilegiada por ser "uma estrela de cinema branca" que faz uma série de sucesso, o mais perturbador foi ver a situação das outras pessoas presas. "Porque muitas pessoas estão lá por causa da pobreza, do racismo e de problemas de saúde mental. E isso me deixou muito triste."

Fonda também comparou o seu momento atual com situação semelhante que viveu nos anos 1970,  quando iniciou o seu ativismo e foi presa pela primeira vez em Cleveland (EUA) por protestar contra a Guerra do Vietnã (1955-1975). 

 

"Em 1970 todos os outros prisioneiros eram brancos. Sexta-feira passada, todos eram negros. É o novo Jim Crow", disse ela em referência as leis de Jim Crow, que impunham segregação racial no sul dos Estados Unidos.

A atriz disse que a manifestação nos anos 1970 teve um papel importante para o fim da guerra, mas afirma que o alvo do seu protesto atual é uma "bomba-relógio" que envolve tudo.

"A vida de todos, a economia, a saúde, as forças armas, a segurança nacional, tudo. Estamos diante de uma verdadeira catástrofe. A ciência nos diz que temos 11 anos para fazer mudanças sistêmicas a fim de impedir que se torne incontrolável", afirmou ao site.

Depois de protestar com outras celebridades, como Sam Waterston, Ted Danson, Catherine Keener e Rosanna Arquette, nesta sexta (8), ela deve ter a companhia de Ben Cohen e Jerry Greenfield, os fundadores dos Sorvetes Ben & Jerry's.

Fonda disse que se mudou recentemente para a capital americana com o objetivo de ser mais ativa na questão das mudanças climáticas. Ela contou também que pretende participar de outros protestos, pelas próximas sextas-feiras.  

Em seu site, a atriz escreveu que se inspirou nos discursos da jovem ativista Greta Thunberg, 16.
"Eu me mudei para Washington, D.C. para estar mais perto do epicentro da luta pelo nosso clima. Toda sexta-feira até janeiro, liderarei manifestações semanais no Capitólio para exigir que as ações de nossos líderes políticos sejam tomadas para solucionar a emergência climática em que estamos inseridos. Não podemos esperar", escreveu. 

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem