Celebridades

Jane Fonda acredita que há mulheres que fazem plásticas por causa de abusos

Atriz diz que não achava que viveria para ver o movimento #MeToo

A atriz Jane Fonda no Festival de Cannes
A atriz Jane Fonda no Festival de Cannes - Valery Hache-14.mai.2018/AFP
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São Paulo

Aos 80 anos, Jane Fonda é um símbolo de empoderamento feminino há décadas. Ao jornal britânico The Observer, a atriz fez uma reflexão controversa sobre os tempos atuais, em que mulheres lutam para denunciar seus agressores sexuais por meio de movimentos como #MeToo.

Jane vê ligação entre a adoção sistemática de cirurgias plásticas por algumas mulheres e abusos sexuais. Para ela, este é um sintoma do fenômeno que psiquiatras e psicólogos descrevem como "despersonalização" –em que o indivíduo experimenta sensações dissociativas e pode até não se identificar com seu próprio corpo ou com a sua vida— algo que relata ter acontecido também com ela.

"Sempre que eu vejo o rosto de uma mulher que fez de si mesma uma máscara, eu penso e me pergunto...", começa. "Me sinto muito triste ao ver que tantas garotas são abusadas ao redor do mundo e os homens não entendem o que isso faz com elas. Não é algo que acontece superficialmente, [é algo que] pode mudar uma pessoa".

"Você tem que ser muito determinada para voltar à própria pele, mas pode ser feito", comenta. Jane ainda revela que removeu seus implantes de silicone, fez uma série de procedimentos dos quais não se orgulha e que, apenas aos 62 anos, se sentiu confortável na própria pele.

"Não era como se eu me sentisse triste por ter desperdiçado tempo porque não era totalmente autêntica, mas, por outro lado, por que não me sentir orgulhosa de ter chegado até ali e nunca ter desistido?", diz sobre o processo de autoaceitação.

Jane ainda diz que se "sente muito grata por estar viva" neste momento da história. "Não achei que viveria para ver [o movimento #MeToo]. E acho que vai continuar. Não é apenas um momento. Eu amo o 'Time's Up'. Estamos trabalhando com mulheres de lugares diferentes; estou indo para Washington para apoiar trabalhadoras domésticas. E as trabalhadoras rurais em Bakersfield. Todas estamos juntas, apoiamos umas às outras"

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